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Fundos obtêm financiamento para oferta por ativos da PT

Esse era o principal ponto pendente para que fosse formalizada a oferta firme pela PT Portugal


	Barclays: a operação tem um consórcio de bancos liderado pelo Barclays
 (Leon Neal/AFP)

Barclays: a operação tem um consórcio de bancos liderado pelo Barclays (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 08h04.

Rio - Duas semanas após apresentarem proposta pelos ativos portugueses da Oi, os fundos de investimento Apax Partners e Bain Capital fecharam garantia de financiamento para a operação com um consórcio de bancos liderado pelo Barclays, de acordo com fonte próxima às negociações.

Esse era o principal ponto pendente para que fosse formalizada a oferta firme pela PT Portugal, que será entregue na sexta-feira, 28.

Além do Barclays como banco líder e financiador, a operação terá a participação do Bank of America Merrill Lynch e do UBS.

Os fundos também entrarão com cerca de 30% de recursos próprios.

Os fundos e o Bank of America Merrill Lynch informaram que não iriam comentar o assunto.

Procurados no início da noite desta terça-feira, 25, o jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com os outros dois bancos.

A proposta apresentada no último dia 11 avaliou a PT Portugal em 7,075 bilhões, com dois pagamentos de 400 milhões condicionados ao cumprimento de metas de geração de receitas e outros aspectos financeiros.

A Apax e a Bain Capital podem elevar a oferta na próxima sexta-feira. Outra pendência é a aprovação da proposta final por comitês de investimentos dos fundos. A expectativa é de que esse ponto seja resolvido hoje.

IPO

Caso fiquem com a PT, os fundos pretendem fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO) da tele portuguesa no médio prazo, apurou o Estado.

Atualmente, apenas a holding Portugal Telecom SGPS tem ações negociadas na Bolsa de Lisboa, enquanto a empresa operacional PT Portugal, alvo das negociações, é uma subsidiária da Oi.

Os fundos disputam a tele com o grupo europeu Altice, que fez uma proposta firme de 7,025 bilhões. Há também pagamento diferido total de 800 milhões vinculado a geração futura de receitas e de fluxo de caixa operacional.

A fonte diz que a proposta dos fundos deve ser aprovada com mais agilidade, uma vez que as empresas não têm negócios em Portugal que concorrem com a PT. A Altice já possui duas empresas portuguesas, a Cabovisão e a Oni. “

A proposta dos fundos não tem problemas regulatórios, enquanto a da Altice terá de ser analisada pela autoridade regulatórias, em um prazo estimado entre cinco e seis meses”, disse a fonte.

Outras propostas pelos ativos portugueses ainda podem surgir. A empresa Correios de Portugal (CTT) sinalizou neste mês, em comunicado, que “tem discutido com potenciais parceiros de telecomunicações (incluindo a PT) possibilidades de negócios em comum”.

A venda da operação da PT é fundamental para a Oi levantar recursos para participar do processo de consolidação do setor de telecomunicações no País.

Após se desfazer dos ativos portugueses, a tele pretende fazer uma oferta pela TIM com América Móvil (controladora da Claro) e Telefônica (Vivo). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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