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Fundo de hedge realiza lucro da principal aposta, o Brasil

Jim Chanos disse que a maior parte do risco do país já foi precificado após as fortes vendas dos últimos dois meses


	Jim Chanos: "sim, ainda estamos vendidos, mas realizamos algum lucro", disse
 (Mike Segar/Reuters)

Jim Chanos: "sim, ainda estamos vendidos, mas realizamos algum lucro", disse (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h34.

Nova York - O gestor de hedge fund Jim Chanos, conhecido por suas vendas a descoberto, disse nesta terça-feira que reduziu algumas apostas contra o Brasil, afirmando que a maior parte do risco do país já foi precificado após as fortes vendas dos últimos dois meses.

"Sim, ainda estamos vendidos, mas realizamos algum lucro", disse Chanos, falando em evento da Reuters.

"Eu acho que seria loucura não fazer isso." Ações brasileiras foram golpeadas por preocupações com as eleições presidenciais do país, vencidas com ligeira vantagem pela presidente Dilma Rousseff (PT) no domingo.

O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, acumulou queda de mais de 18 por cento desde o início de setembro até o fechamento de segunda-feira, mas operava em alta de mais de 3,5 por cento nesta terça-feira.

"Eu acho que boa parte já foi precificado agora" na maior economia da América Latina, disse ele à Reuters.

"Eu não entraria de cabeça em apostas contra o Brasil aqui", afirmou. No entanto, ele acrescentou que continua vendido em "muitas coisas no Brasil".

Chanos, especialista em ganhar dinheiro quando os preços de ações caem e que fez sua reputação apostando contra a Enron, é o fundador da Kynikos Associates.

Chanos já havia falado de ficar vendido em Petrobras e Vale. Os dois papéis recuaram fortemente na segunda-feira, primeira sessão após a vitória de Dilma.

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