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Formação da ptax deve adicionar volatilidade ao câmbio

O destaque devem ser os leilões de linha, um de US$ 1,66 bilhão, às 10h30, e outro de US$ 1 bilhão, às 10h45


	Câmbio: por volta das 9h35 o dólar à vista no balcão caía 0,25%, a R$ 2,3540
 (REUTERS/Bruno Domingos)

Câmbio: por volta das 9h35 o dólar à vista no balcão caía 0,25%, a R$ 2,3540 (REUTERS/Bruno Domingos)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 09h31.

São Paulo - A agenda econômica não é nada desprezível considerando-se que é uma sexta-feira espremida entre os feriados de Natal e Ano Novo. O destaque, para o mercado de câmbio, devem ser os leilões de linha, um de US$ 1,66 bilhão, às 10h30, e outro de US$ 1 bilhão, às 10h45.

A primeira intervenção visa a rolagem de um vencimento previsto para 2 de janeiro de 2014. O segundo leilão faz parte do cronograma diário do Banco Central, criado no fim de agosto.

Paralelamente, os investidores vão operar já de olho na formação da Ptax do mês e do ano - na segunda-feira -, que será usada na liquidação dos contratos futuros de janeiro e cerca de US$ 10 bilhões em swap que vencem no início do mês que vem.

A considerar pelo comportamento internacional da moeda norte-americana, a tendência seria o dólar abrir o dia em queda ante o real. Porém, devido aos interesses que cercam a formação da Ptax, os investidores esperam volatilidade.

Por volta das 9h35 o dólar à vista no balcão caía 0,25%, a R$ 2,3540. No mercado futuro, o dólar para janeiro avançava 0,11%, a R$ 2,3585.

As apostas em torno da formação da cotação oficial de hoje contam com uma agenda de dados macroeconômicos importantes como combustível. Os principais são os dados das contas públicas, já que a situação fiscal é a maior incerteza do cenário do País para 2014.

Primeiro as atenções estarão voltadas para o resultado primário do Governo Central, que o Tesouro tinha agendado para ontem, mas vai anunciar daqui a pouco, às 10h30. No início da tarde, às 14h30, será a vez dos números do setor público consolidado, que inclui Estados, municípios e empresas estatais e vai ser divulgado pelo Banco Central.


A percepção é de que as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) devem registrar um superávit primário expressivo em novembro, motivado principalmente por receitas atípicas conseguidas com a concessão do campo de Libra e com o Refis.

A curiosidade é saber se a meta de R$ 73 bilhões no ano apregoada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficará mais próxima.

De acordo com pesquisa AE Projeções, as estimativas de 15 instituições do mercado indicam superávit de R$ 19 bilhões a R$ 32,200 bilhões. A partir deste intervalo de expectativas, a mediana aponta para um valor positivo de R$ 30 bilhões no penúltimo mês do ano. De janeiro a outubro, o valor economizado é de R$ 33,4 bilhões.

Quanto aos dados do setor público consolidado, as estimativas são de superávit primário entre R$ 20,000 bilhões e R$ 34,300 bilhões, em novembro, de acordo com as previsões dos economistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções.

A mediana ficou em R$ 31,800 bilhões. Em outubro, o superávit primário foi de R$ 6,188 bilhões, o que representou uma reversão ante o déficit de US$ 9,048 bilhões de setembro, mas o pior resultado da série histórica para o mês.

Além disso, foi divulgado também o resultado do IGP-M de dezembro e do ano. A taxa mensal ficou em 0,60%, com forte aceleração ante 0,29% em novembro. Em 2013, o IGP-M acumulou alta de 5,51%. Ambos os resultados ficaram abaixo das medianas estimadas, de 0,63% e 5,55%, respectivamente.

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