Fitch aguarda medidas e equipe do 2º mandato de Dilma
Segundo a agência, presidente provavelmente manterá um grau de continuidade das políticas no seu segundo mandato
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 17h16.
São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch divulgou nesta segunda-feira, 27, relatório sobre as perspectivas de rating do Brasil após a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Segundo a companhia, a presidente provavelmente manterá um grau de continuidade das políticas no seu segundo mandato, apesar de implementar algumas mudanças para ajudar a restaurar a confiança.
No curto prazo, a agência alerta que vai acompanhar o anúncio de novas medidas e a formação da equipe econômica, "que devem indicar as prioridades da próxima administração".
A Fitch aponta que a capacidade do governo de melhorar as perspectivas sobre a situação fiscal e o crescimento do País é essencial para sua avaliação do rating soberano.
"O segundo governo de Dilma vai enfrentar um ambiente macroeconômico desafiador, destacando a necessidade do ajuste de políticas para resolver alguns dos desequilíbrios macroeconômicos que surgiram nos últimos anos", diz o texto.
Segundo a Fitch, a natureza, abrangência e ritmo das possíveis mudanças implementadas por Dilma não são claros no momento.
A empresa lembrou que já alertou o governo de que a demora em implementar mudanças ou o uso de respostas inadequadas que aumentem as vulnerabilidades macroeconômicas e financeiras, mantenham uma performance econômica decepcionante e levem a uma maior deterioração fiscal que afete as dinâmicas de dívida seriam negativas para o rating do Brasil.
"Mudanças nas políticas econômicas serão importantes para restaurar a confiança, os investimentos e o crescimento", afirma a Fitch, lembrando que pressões externas também têm afetado o País, como a desaceleração da China, a queda nos preços das commodities, a volatilidade provocada pelo fim dos estímulos monetários nos EUA e a crise na Argentina.
"Desafios domésticos, incluindo a baixa confiança de empresas e consumidores, a queda nas taxas de investimento, os pequenos níveis de poupança e o fraco crescimento do crédito também prejudicam", acrescentou a agência.
No longo prazo, a Fitch afirma que vai monitorar a estratégia para combater a elevada inflação e os grandes déficits fiscal e externo.
"O superávit primário do setor público tem estado em uma trajetória declinante, o que afeta negativamente as dinâmicas de dívida do governo".
Nesse sentido, a empresa vai verificar se o governo implementa uma política fiscal crível para conter o aumento dos gastos e alinhar as despesas com o crescimento das receitas.
"Nós também acreditamos que resolver problemas relacionados com a maior interferência do governo observada nos últimos anos na forma de uma maior participação dos bancos públicos, intervenções no setor elétrico em 2012 e o fracasso de ajustar os preços internos da gasolina para melhor alinhá-los com os preços internacionais seriam importantes para restaurar a confiança do mercado", diz a Fitch.
A agência cita ainda reformas para melhorar a eficiência do sistema tributário, reduzir o "generoso" sistema previdenciário e estimular um melhor ambiente de negócios.
São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch divulgou nesta segunda-feira, 27, relatório sobre as perspectivas de rating do Brasil após a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Segundo a companhia, a presidente provavelmente manterá um grau de continuidade das políticas no seu segundo mandato, apesar de implementar algumas mudanças para ajudar a restaurar a confiança.
No curto prazo, a agência alerta que vai acompanhar o anúncio de novas medidas e a formação da equipe econômica, "que devem indicar as prioridades da próxima administração".
A Fitch aponta que a capacidade do governo de melhorar as perspectivas sobre a situação fiscal e o crescimento do País é essencial para sua avaliação do rating soberano.
"O segundo governo de Dilma vai enfrentar um ambiente macroeconômico desafiador, destacando a necessidade do ajuste de políticas para resolver alguns dos desequilíbrios macroeconômicos que surgiram nos últimos anos", diz o texto.
Segundo a Fitch, a natureza, abrangência e ritmo das possíveis mudanças implementadas por Dilma não são claros no momento.
A empresa lembrou que já alertou o governo de que a demora em implementar mudanças ou o uso de respostas inadequadas que aumentem as vulnerabilidades macroeconômicas e financeiras, mantenham uma performance econômica decepcionante e levem a uma maior deterioração fiscal que afete as dinâmicas de dívida seriam negativas para o rating do Brasil.
"Mudanças nas políticas econômicas serão importantes para restaurar a confiança, os investimentos e o crescimento", afirma a Fitch, lembrando que pressões externas também têm afetado o País, como a desaceleração da China, a queda nos preços das commodities, a volatilidade provocada pelo fim dos estímulos monetários nos EUA e a crise na Argentina.
"Desafios domésticos, incluindo a baixa confiança de empresas e consumidores, a queda nas taxas de investimento, os pequenos níveis de poupança e o fraco crescimento do crédito também prejudicam", acrescentou a agência.
No longo prazo, a Fitch afirma que vai monitorar a estratégia para combater a elevada inflação e os grandes déficits fiscal e externo.
"O superávit primário do setor público tem estado em uma trajetória declinante, o que afeta negativamente as dinâmicas de dívida do governo".
Nesse sentido, a empresa vai verificar se o governo implementa uma política fiscal crível para conter o aumento dos gastos e alinhar as despesas com o crescimento das receitas.
"Nós também acreditamos que resolver problemas relacionados com a maior interferência do governo observada nos últimos anos na forma de uma maior participação dos bancos públicos, intervenções no setor elétrico em 2012 e o fracasso de ajustar os preços internos da gasolina para melhor alinhá-los com os preços internacionais seriam importantes para restaurar a confiança do mercado", diz a Fitch.
A agência cita ainda reformas para melhorar a eficiência do sistema tributário, reduzir o "generoso" sistema previdenciário e estimular um melhor ambiente de negócios.