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FCA usa Ferrari e emite bônus para financiar reestruturação

A recém-criada FCA quer investir 48 bilhões de euros (61 bilhões de dólares) durante os próximos cinco anos


	Fiat Chrysler automobilies: FCA quer investir 48 bilhões de euros durante os próximos cinco anos em uma tentativa de alcançar líderes do setor como a Volkswagen e a Toyota
 (Bloomberg)

Fiat Chrysler automobilies: FCA quer investir 48 bilhões de euros durante os próximos cinco anos em uma tentativa de alcançar líderes do setor como a Volkswagen e a Toyota (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 13h56.

Milão - A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) planeja listar uma fatia de 10 por cento da marca de carros de luxo Ferrari e emitir 2,5 bilhões de dólares em bônus conversíveis para ajudar a financiar seu plano de reestruturação.

A recém-criada FCA, que listou ações em Nova York mais cedo neste mês, quer investir 48 bilhões de euros (61 bilhões de dólares) durante os próximos cinco anos em uma tentativa de alcançar líderes do setor como a Volkswagen e a Toyota, e alguns analistas têm questionado se a companhia pode arcar com os gastos em função do enfraquecimento do mercado.

"Aparentemente eles resolveram seus problemas de capital de uma só vez", disse Roberto Lottici, gestor de fundos da Ifigest. Ele acrescentou que a cisão da famosa marca Ferrari deve ajudar a impulsionar o valor da FCA.

As ações da FCA listadas em Milão chegaram a subir mais de 18 por cento nesta quarta-feira, sendo negociadas a 9,03 euros, seu maior nível desde 23 de abril. Às 14h13 (horário de Brasília), os papéis subiam 12 por cento.

A Ferrari pode ter um valor de mercado entre 5 bilhões a 5,8 bilhões de euros, segundo corretores.

A FCA disse que listará a fatia de 10 por cento nos Estados Unidos e possivelmente em uma bolsa europeia, esperando completar a cisão no ano que vem.

Os 90 por cento restantes serão distribuídos entre acionistas da FCA, que incluem a família Agnelli, fundadora da Fiat.

A companhia anunciou também que emitirá bônus obrigatoriamente conversíveis, que terão que ser convertidos em ações da FCA no vencimento.

Aqueles que investirem nos bônus também terão direitos de subscrição para as ações da Ferrari que serão listadas.

Analistas têm há tempos que a FCA, com dívida industrial líquida de 11,4 bilhões de euros no final de setembro, precisava levantar capital para reforçar o seu balanço, especialmente em um momento em que luta contra perdas na Europa e o enfraquecimento de mercados latino-americanos.

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