Mercados

Favelas ajudam a puxar desempenho de varejistas na bolsa

Com milhões de pessoas entrando na classe média, o consumo continua em alta mesmo com desaceleração da economia

Inauguração das Casas Bahia na favela da Rocinha: atraídas pela melhora da segurança, aumento da renda e crédito em expansão, empresas estão abrindo lojas em áreas que antes não podiam ser exploradas (Divulgação)

Inauguração das Casas Bahia na favela da Rocinha: atraídas pela melhora da segurança, aumento da renda e crédito em expansão, empresas estão abrindo lojas em áreas que antes não podiam ser exploradas (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 08h26.

São Paulo - Na noite anterior à abertura da Casas Bahia na Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro, a moradora Joana Darc de Morandi não conseguia dormir. Com sua lista de compras, ela estava em primeiro na fila sete horas antes de cerca de 200 pessoas correrem para a loja. “É importante para a comunidade”, disse Morandi, 57 anos. “Casas Bahia aqui é um show. Tudo que uma pessoa precisa ela vai encontrar na loja.”

A ViaVarejo SA não é a única varejista em busca de consumidores em favelas. Atraídas pela melhora da segurança, aumento da renda e crédito em expansão, empresas estão abrindo lojas em áreas que antes não podiam ser exploradas.

Com milhões de pessoas entrando na classe média, o consumo continua em alta mesmo com desaceleração da economia, fazendo com que ações de varejistas ocupem o segundo lugar entre as mais caras das quatro maiores economias emergentes.

A perspectiva econômica indica que a controladora da Casas Bahia, a Cia. Brasileira de Distribuição Grupo Pão de Açúcar, continuará ganhando, segundo recomendações de analistas compiladas pela Bloomberg. O Pão de Açúcar é compra para 13 de 24 analistas que cobrem a ação após acumular alta de 36 por cento este ano até 30 de novembro, ante ganho de 1,3 por cento do Ibovespa.

O Pão de Açcúcar deve subir de 20 por cento a 30 por cento em 2013, em parte devido ao aumento de vendas para consumidores de baixa renda, disse Henrique Kleine, analista-chefe da Magliano SA.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasComércioVarejoB3bolsas-de-valoresVia VarejoPão de AçúcarGlobexCasas BahiaFavelas

Mais de Mercados

Warner diz que vai analisar proposta da Paramount em até 10 dias úteis

Ibovespa fecha em alta, mas não se recupera de 'efeito Flávio'; dólar cai

Ações da Warner disparam após Paramount superar proposta da Netflix

Ações da Netflix caem após Paramount voltar à disputa pela Warner