Mercados

Falência é descartada e ações da America Airlines disparam

Rumores de que a empresa entraria em concordata fizeram ontem os papéis despencarem 33%

Bolsa de Nova York (Wall Street) (Getty Images)

Bolsa de Nova York (Wall Street) (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 14h44.

São Paulo – As ações da AMR (AMR), controladora da American Airlines, disparam mais de 20% na Bolsa de Nova York, após terem tombado ontem 33%. Analistas descartaram a possibilidade de a terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos entrar com um pedido de falência.

Os papéis da companhia atingiram na máxima do dia os 2,39 dólares, o que corresponde a um avanço de 20,70%. Ontem, as ações terminaram o dia com forte desvalorização, recuando 33,10%, cotadas a 1,98 dólares, a pior performance desde maio de 2003.

O banco de investimentos Rodman & Renshaw elevou a recomendação para os papéis de performance igual à média do mercado (market perform) para performance acima da média do mercado (outperform), segundo relatório citado pela Bloomberg.

Na mesma tendência, a Capstone Investments ampliou sua recomendação de manter para comprar.

Em ambos os relatórios, os analistas consideraram “improvável” a possibilidade de que a AMR entre na Justiça americana com pedido de concordata.

Desempenho das ações da AMR na bolsa de Nova York em 3 meses

 


Os rumores de falência ganharam espaço diante das diversas tentativas da companhia de renegociar os contratos de trabalho com os pilotos. A administração da AMR anunciou na semana passada que 129 comandantes de aeronaves iriam se aposentar em 1º de outubro, uma quantidade considerada anormal e elevada para um único mês.

Além disso, preocupações de que a economia fraca reduzirá a demanda por viagens aéreas e afetará as tarifas no outono (no hemisfério Norte) também elevaram o nervosismo entre os investidores.

Andrew Backover, porta-voz da American Airlines, reconheceu ontem a especulação sobre o pedido de falência, mas se recusou a dizer se a companhia está considerando entrar em concordata.

"Este não é nosso objetivo ou nossa preferência", afirmou Backover em comunicado. "Sabemos que precisamos melhorar nossos resultados e temos um senso de urgência, na medida em que estamos trabalhando para alcançá-lo", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAmerican AirlinesAnálises fundamentalistasAviaçãocompanhias-aereasEmpresasMercado financeiroNyse Euronextwall-street

Mais de Mercados

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos

Luigi Mangione se declara inocente de acusações de assassinato no caso da morte de CEO nos EUA

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais

Ex-presidente da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn diz que fusão com Honda “não faz sentido”