Mercados

Exterior e especulação eleitoral definem alta do dólar

O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,26%, a R$ 2,2860


	Dólar: moeda fechou no maior patamar desde 7 de agosto
 (Stock.xchng)

Dólar: moeda fechou no maior patamar desde 7 de agosto (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 17h17.

São Paulo - O dólar completou nesta segunda-feira, 25, sua quarta sessão consecutiva de ganhos ante o real, dando continuidade ao movimento mais recente da moeda americana, iniciado após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve.

O avanço do dólar ante o euro e outras divisas de países emergentes no exterior influenciou os negócios no Brasil, assim como as especulações sobre a próxima pesquisa eleitoral do Ibope, que sai amanhã.

O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,26%, a R$ 2,2860. Este é o maior patamar desde 7 de agosto.

No mercado futuro, que encerra os negócios às 18 horas, o dólar para setembro subia 0,35%, a R$ 2,2910.

A moeda americana manteve-se em alta durante a maior parte do dia, embora tenha registrado leves perdas no início da sessão.

Às 9h08, o dólar de balcão marcou a mínima de R$ 2,2760 (-0,18%).

Mas a sensação de que o Federal Reserve está próximo de elevar os juros - podendo até mesmo antecipar a elevação, como sinalizou sua última ata - sustentou a alta do dólar ante outras divisas no exterior, o que acabou influenciando os negócios também no Brasil.

Ao mesmo tempo, os investidores operaram em meio às especulações com a eleição.

Se em pesquisas anteriores um fortalecimento da oposição se refletia em baixa para o dólar, em função de um otimismo maior do mercado com a economia e da perspectiva de atração de mais recursos do exterior, desta vez o movimento foi contrário.

Profissionais disseram hoje que a chance de Marina Silva (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) derrotarem Dilma Rousseff (PT) no segundo turno eleva a probabilidade de menos intervenção no câmbio a partir de 2015.

A partir desta lógica, o programa de leilões diários de swaps, por exemplo, tenderia a ser encerrado em um novo governo, o que colocaria o dólar em patamares mais altos. Hoje, as cotações reagiram a essa possibilidade.

Os dados da balança comercial brasileira reforçaram o viés de alta. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve déficit de US$ 214 milhões na quarta semana de agosto.

Com isso, no acumulado do mês a balança está deficitária em US$ 134 milhões e, no ano, negativa em US$ 785 milhões.

Com isso, a moeda à vista de balcão registrou a máxima de R$ 2,2900 (+0,44%) às 15h08, para depois encerrar um pouco mais acomodada, a R$ 2,2860.

O giro à vista somava US$ 1,463 bilhão perto das 16h30, sendo US$ 1,230 bilhão em D+2. No mercado futuro, o vencimento para setembro girava cerca de US$ 11 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"