Europa quer regulamentar ´áreas obscuras´ dos mercados
Objetivo é aumentar a fiscalização sobre transações que não publicam suas informações
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Bruxelas - A Comissão Europeia vai propor mudanças importantes em sua principal legislação sobre o setor financeiro, com o objetivo de impor uma regulamentação mais rígida. A chamada Diretriz para Mercados de Instrumentos Financeiros (MiFID) deverá ser fortalecida para melhorar a regulamentação do mercado de commodities (matérias-primas), dos serviços de consultoria financeira e das "áreas obscuras" dos mercados, nas quais grandes instituições operam em favor de seus clientes com supervisão mínima dos governos.
"Ninguém deveria ser capaz de escapar à supervisão. Correr riscos excessivos é algo que deveria ser eliminado. Isso requer transparência total diante dos reguladores e também diante do público", disse hoje o comissário de Regulamentação Financeira da Comissão Europeia, Michel Barnier.
A MiFID foi aprovada em 2001, em parte para encorajar outras instâncias de negociações, tais como instalações multilaterais, a competirem com as bolsas tradicionais. A lei parece ter reduzido o custo das transações financeiras, mas também tornou mais difícil para os órgãos reguladores monitorarem os riscos nos vários mercados diferentes - especialmente nas "áreas obscuras", que não são obrigadas a passar informações detalhadas às autoridades sobre as transações que realizam.
Os investidores institucionais frequentemente usam essas "áreas obscuras" para esconder do mercado o tipo e o tamanho das transações que fazem - informações que teriam de expor caso essas transações fossem conduzidas por meio de uma bolsa. As informações são da Dow Jones.
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