Mercados

Europa fecha em alta seguindo reação de NY

Por Álvaro Campos Londres - As principais Bolsas europeias registraram fortes ganhos. Os mercados acompanharam a reação positiva de Wall Street aos detalhes dos dados sobre as encomendas de bens duráveis dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 2,90 pontos (1,11%) e fechou em 263,97 pontos. Na semana, o índice acumulou ganho de 0,4%. […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2010 às 11h40.

Por Álvaro Campos

Londres - As principais Bolsas europeias registraram fortes ganhos. Os mercados acompanharam a reação positiva de Wall Street aos detalhes dos dados sobre as encomendas de bens duráveis dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 2,90 pontos (1,11%) e fechou em 263,97 pontos. Na semana, o índice acumulou ganho de 0,4%. No mês, a alta até o momento é de 5%.

As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 1,3% em agosto, segundo o Departamento de Comércio. Mas excluindo o setor de transportes, as novas encomendas subiram 2%. Além disso, investidores se focaram no fato de que as encomendas para bens de capital não ligado à defesa, excluindo aeronaves, subiram 4,1%. "O relatório confirma a nossa visão de que as despesas de capital continuam a dar suporte à economia, o que contradiz fortemente uma nova recessão", afirmou Christoph Balz, analista do Commerzbank. Enquanto isso, as vendas de imóveis residenciais novos nos EUA ficaram estáveis em agosto, em relação a julho. Mas o dado de julho foi revisado para queda de 7,7%, de uma retração de 12,4% informada anteriormente.

Hoje, a França revisou o crescimento do PIB do segundo trimestre para 0,7% em relação ao primeiro, de uma alta de 0,6% divulgada anteriormente. Já o índice de sentimento do empresariado alemão em relação à economia do país, medido pelo Instituto Ifo, subiu para 106,8 em setembro, de 106,7 em agosto, contrariando a expectativa dos economistas, de queda para 106,5. Mas a economia da zona do euro continuou a perder força em setembro, conforme dados do Centro para Pesquisa em Política Econômica (CEPR, na sigla em inglês) e do Banco da Itália. O indicador EuroCoin desacelerou para 0,34% este mês, de 0,37% em agosto, marcando o sexto declínio consecutivo.

Para Lothar Mentel, executivo-chefe de investimentos da Octopus Investments, os mercados europeus devem permanecer oscilando entre ganhos e perdas no curto prazo. Segundo ele, o mercado está focado no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, que falará hoje sobre as implicações da crise financeira para a economia, após o encerramento da sessão em Nova York. "Os mercados devem permanecer com um volume pequeno de negócios. Enquanto não se define se serão mesmo adotadas novas medidas de afrouxamento quantitativo, nós ficamos nessa situação um pouco absurda em que os mercados sobem com dados macroeconômicos levemente negativos nos EUA", comentou.

O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 51,40 pontos (0,93%), em 5.598,48 pontos. Na semana, o índice somou ganho de 1,63%. Hoje, os papéis da marca de artigos de luxo Burberry ganharam 5,98%, com especulações de que o grupo possa receber ofertas de fundos de private equity. A Cairn Energy teve alta de 2,79% e a Tullow Oil ganhou 2,69%. O setor bancário teve um bom desempenho (Lloyds +2,08%, Royal Bank of Scotland +2,77%, Standard Chartered +3,63%). A mineradora Antofagasta perdeu 2,48%, após ter sua recomendação rebaixada pelo UBS. O banco também rebaixou a recomendação para a Kazakhmys, que perdeu 0,49%.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou em alta de 113,59 pontos (1,84%), em 6.298,30 pontos. No acumulado da semana, o índice subiu 1,43%. As ações da Adidas subiram 5,40%, após a Nike divulgar um lucro surpreendente ontem, o que animou o setor. A BMW ganhou 4,26%, a Daimler avançou 4,03% e a fabricante de caminhões MAN teve alta de 6,24%. A Siemens subiu 3,70%. Já a farmacêutica Merck KGaA teve uma forte queda de 10,23%, após o Comitê de Produtos Medicinais para Uso Humano da Europa não recomendar a aprovação do remédio para esclerose múltipla Cladribine no continente.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 71,87 pontos (1,94%), em 3.782,48 pontos. Com isso, o índice avançou 1,62% nesta semana. As ações da Alcatel-Lucent, do setor de tecnologia, subiram 7,79%, após a Oddo elevar sua recomendação. No setor bancário, o Crédit Agricole ganhou 5,00%, o BNP Paribas avançou 2,60% e o Société Générale teve alta de 3,91%. A Schneider Electric subiu 3,59%. A EADS ganhou 3,83%, após o JPMorgan Cazenove elevar sua recomendação.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em alta de 226,10 pontos (2,15%), em 10.727,60 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, avançou 344,92 pontos (1,70%) e fechou em 20.607,72 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 subiu 61,85 pontos (0,84%) e fechou em 7.444,06 pontos. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio