Mercados

Euro abaixo de US$ 1,30 pela primeira vez desde janeiro

Segundo economista, o euro está pressionado após a decepção dos mercados com o resultado da reunião europeia

Às 12h GMT (10h de Brasília), o euro era negociado a 1,2988 dólar, seu mínimo desde 12 de janeiro
 (Thomas Lohnes/AFP)

Às 12h GMT (10h de Brasília), o euro era negociado a 1,2988 dólar, seu mínimo desde 12 de janeiro (Thomas Lohnes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 10h22.

Londres - O euro era negociado nesta quarta-feira abaixo de 1,30 dólar, o menor valor desde 12 de janeiro, em meio aos temores sobre a ampliação da crise na Eurozona.

Às 12H00 GMT (10H00 de Brasília), o euro era negociado a 1,2988 dólar, seu mínimo desde 12 de janeiro, antes de ser fixado em torno de 1,2995 dólar, contra 1,3033 dólar na terça-feira às 22H00 GMT (22H00 de Brasília).

"O euro está sob pressão porque os mercados estão decepcionados com o resultado da reunião europeia, considerada insuficiente para combater a crise fiscal e bancária", disse o economista Neil MacKinnon, do VTB Capital.

O plano elaborado na semana passada pela União Europeia (UE) para sair da crise mediante um reforço da disciplina fiscal comunitária não conseguiu diminuir a expectativa de uma redução da nota da dívida soberana pelas agências de classificação financeira.

O euro iniciou sua trajetória de queda na terça-feira à tarde, após deputados alemães terem afirmado que a chanceler alemã, Angela Merkel, havia reafirmado sua contrariedade em aumentar a capacidade de empréstimo do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), que entrará em vigor em julho de 2012, para além dos 500 bilhões de euros estabelecidos.

A posição de Merkel alimentou o temor dos mercados, já desestabilizados pela perspectiva de que as agências de classificação financeira, pouco convencidas pelo acordo europeu para por fim à crise, baixem as notas dos países da Eurozona, especialmente as notas "AAA" de França e Alemanha.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrises em empresasEuroEuropaMoedasUnião Europeia

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame