São Paulo - Os investidores estrangeiros compraram liquidamente na Bovespa R$ 4,687 bilhões em ações neste mês até dia 21, segundo dados da BM&FBovespa.

No ano, o saldo líquido de compras e vendas de ações está positivo em R$ 10,002 bilhões, um dos maiores da história da bolsa, e próximo dos R$ 11,746 bilhões do ano passado.

A forte procura de estrangeiros por ações brasileiras acompanha uma melhora das expectativas para os países emergentes e a visão de que os juros nos Estados Unidos não devem subir tão cedo.

Esse cenário de juros baixos, mais a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) injete recursos no mercado para ativar as economias da região, aumenta o apetite por risco dos fundos internacionais que investem em ações de emergentes.

No caso do Brasil, há também a especulação em torno das eleições e de uma eventual melhora da governança das empresas estatais.
Os estrangeiros ajudam a manter o Ibovespa em alta, de 2,2% no mês e 2,5% no ano, até ontem, representando 49,9% do volume negociado na bolsa brasileira.

Ou seja, de cada R$ 100 comprados e vendidos em ações na Bovespa, R$ 49,90 pertence a estrangeiros. No ano passado, essa participação era de 43,7%.

Além dos estrangeiros, os maiores volumes de negócios são dos investidores institucionais brasileiros, fundos de pensão, seguradoras por exemplo, que respondem por 30,2% do volume negociado no ano,para 32,8% no ano passado.

As pessoas físicas têm uma fatia de 13,9% no ano, ante 15,2% em 2013.

Estrangeiros na Bovespa

Mês	R$/milhões
Mai	-1.157,10
Jun	-4.073,90
Jul	57,7
Ago	2.126,00
Set	4.247,50
Out	780,1
Nov	521,4
Dez	-213
jan/14	-854,5
Fev	1.288,30
Mar	2.944,30
Abr	1.936,80
Mai	4.687,60
2014 (*)	10.002,40

Saldo de estrangeiros no ano

Ano	R$/milhões
2014*	10.002,40
2013	11.746,20
2012	1.822,20
2011	-1.352,00
2010	5.958,00
2009	20.596,60
2008	-24.629,70
2007	-4.235,60
2006	1.752,40
2005	5.860,80
2004	1.803,50
2003	7.495,00
2002	-1.443,20
2001	815,7
2000	-2.225,00
1999	2.231,70
1998	-2.621,30
1997	522,8
1996	3.379,80
1995	512,6
1994	-532,5

*Até 21 de maio. Fonte: BM&FBovespa