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Estrangeiros tiram R$ 5,3 bi da Bolsa em março e zeram saldo no ano

O comportamento dos estrangeiros é importante para definir o destino do mercado de ações brasileiro pois eles respondem por 50,3% do volume negociado

Dinheiro: estrangeiros voltam a tirar recursos do mercado de ações brasileiro (Thinkstock/Thinkstock)

Dinheiro: estrangeiros voltam a tirar recursos do mercado de ações brasileiro (Thinkstock/Thinkstock)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 13h35.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 13h41.

São Paulo -- Os investidores estrangeiros tiraram R$ 5,339 bilhões em março, até dia 28, segundo dados da bolsa B3. Este é o segundo mês de fortes saídas de estrangeiros. Em fevereiro, o saldo ficou negativo em R$ 4,232 bilhões.

No total, entre fevereiro e março, as vendas de ações brasileiras por estrangeiros atingiram R$ 9,571 bilhões, zerando a entrada de R$ 9,549 bilhões de janeiro. Com isso, o saldo acumulado no ano está negativo em R$ 21 milhões.

O comportamento dos estrangeiros é importante para definir o destino do mercado de ações brasileiro pois eles respondem por 50,3% do volume negociado em março e 49,3% do saldo no ano. Em seguida vêm os institucionais, com 26,2% do volume em março e 27,2% no ano. E as pessoas físicas, com 18,3% em março e 18% no ano.

Os resgates dos estrangeiros acompanharam a piora das expectativas externas com os ativos de risco e favoreceram a estabilidade do Índice Bovespa em março, que terminou o mês em 85.366 pontos, apenas 12 a mais que os 85.354 pontos do fim de fevereiro. Em dólares, porém, o Ibovespa caiu 2,4%, para 25.863 pontos na moeda americana.

No ano, o Ibovespa ainda acumula alta de 11,7% em reais e de 11,2% em dólares. Apesar da estabilidade em março, o Ibovespa está bem melhor que outras bolsas de valores internacionais no ano.

O Índice Standard & Poor’s 500, da Bolsa de Nova York, por exemplo, cai 1,22% no ano, o Financial Times, do Reino Unido, 8,21%, o DAX, da Alemanha, 6,35% e o Nikkei, do Japão, 6,05%. Olhando o México, outro mercado emergente, o IPC apresenta baixa de 6,54% no ano.

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