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Estaleiro da OSX sai do papel e reduz risco para ações

“A aprovação formal agora completa um processo e elimina os riscos de contratempos”, explica analista

Obras de um navio da OSX em abril de 2011 (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 12h31.

São Paulo – A licença para a construção do estaleiro da OSX ( OSXB3 ) no Rio de Janeiro elimina um importante risco de investimento nas ações da empresa de Eike Batista, afirmam analistas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ) autorizou as obras após cerca de um ano do início do processo.

“Acreditamos que o mercado já contava com a aprovação da licença, mas a aprovação formal agora completa um processo e elimina os riscos de contratempos, deixando a OSX finalmente iniciar a fase de construção do estaleiro”, ressaltam Paula Kovarsky e Diego Mendes, analistas do Itaú BBA.

A OSX vai começar as obras para a construção do estaleiro no próximo mês. O empreendimento será levantado no Complexo Industrial do Superporto do Açu, no Distrito Industrial de São Joao da Barra (Rio de Janeiro). O custo da obra está estimado em 3 bilhões reais e é uma parceria com a sul-coreana Hyundai Heavy Industries.

“Apesar de o fato já ter sido antecipado na semana passada, e parte disso já ter sido incorporado nos preços das ações, a nossa visão para a aprovação é positivo, porque isso deixa para trás um fator de risco para a companhia”, explicam Marcos Pereira, Daniel Fonseca e João Arruda, analistas da Votorantim Corretora.

A Votorantim colocou a recomendação e o preço-alvo da empresa em revisão para incorporar novas premissas e o novo cronograma de instalação do projeto. “Entretanto, antecipamos que não vemos grandes mudanças para a análise de valor da empresa”, dizem os analistas.

O Itaú BBA manteve a recomendação de desempenho acima da média (outperform) para os papéis, com um preço-alvo de 1.160 reais. O valor representa um potencial de valorização de 166% na comparação com o fechamento de ontem (435 reais).

“Além disso, vemos o fato de que a Petrobras convidou a companhia para participar dos leilões para construir para a estatal, o que é um reconhecimento de terceiros de que o estaleiro será construído”, afirma o Itaú BBA.

Histórico

Antes de escolher o RJ como local para a construção do estaleiro, a OSX tentou em vão iniciar as obras em uma área próxima à Florianópolis, capital de Santa Catarina. O projeto, contudo, não foi aprovado porque poderia interferir em três unidades de conservação federal da região, a de Carijós, a Marinha do Arvoredo e de Anhatomirim.

"O empreendimento tem grande chance de acabar com uma população inteira de golfinhos na região de Anhatomirim. Não vejo como eles possam alterar o projeto de uma forma que esse impacto deixe de existir", disse o chefe da unidade de Carijós, Apoena Figueroa, à EXAME.com na época.

"Trabalhamos com entusiasmo para botar de pé o maior estaleiro das Américas e, assim, poder construir, com conteúdo nacional, a imensa quantidade de equipamentos navais que o nosso País precisa para produzir o petróleo que temos descoberto em águas nacionais", comemorou Luiz Eduardo Carneiro, diretor presidente da OSX, em nota publicada ontem.

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São Paulo – A licença para a construção do estaleiro da OSX ( OSXB3 ) no Rio de Janeiro elimina um importante risco de investimento nas ações da empresa de Eike Batista, afirmam analistas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ) autorizou as obras após cerca de um ano do início do processo.

“Acreditamos que o mercado já contava com a aprovação da licença, mas a aprovação formal agora completa um processo e elimina os riscos de contratempos, deixando a OSX finalmente iniciar a fase de construção do estaleiro”, ressaltam Paula Kovarsky e Diego Mendes, analistas do Itaú BBA.

A OSX vai começar as obras para a construção do estaleiro no próximo mês. O empreendimento será levantado no Complexo Industrial do Superporto do Açu, no Distrito Industrial de São Joao da Barra (Rio de Janeiro). O custo da obra está estimado em 3 bilhões reais e é uma parceria com a sul-coreana Hyundai Heavy Industries.

“Apesar de o fato já ter sido antecipado na semana passada, e parte disso já ter sido incorporado nos preços das ações, a nossa visão para a aprovação é positivo, porque isso deixa para trás um fator de risco para a companhia”, explicam Marcos Pereira, Daniel Fonseca e João Arruda, analistas da Votorantim Corretora.

A Votorantim colocou a recomendação e o preço-alvo da empresa em revisão para incorporar novas premissas e o novo cronograma de instalação do projeto. “Entretanto, antecipamos que não vemos grandes mudanças para a análise de valor da empresa”, dizem os analistas.

O Itaú BBA manteve a recomendação de desempenho acima da média (outperform) para os papéis, com um preço-alvo de 1.160 reais. O valor representa um potencial de valorização de 166% na comparação com o fechamento de ontem (435 reais).

“Além disso, vemos o fato de que a Petrobras convidou a companhia para participar dos leilões para construir para a estatal, o que é um reconhecimento de terceiros de que o estaleiro será construído”, afirma o Itaú BBA.

Histórico

Antes de escolher o RJ como local para a construção do estaleiro, a OSX tentou em vão iniciar as obras em uma área próxima à Florianópolis, capital de Santa Catarina. O projeto, contudo, não foi aprovado porque poderia interferir em três unidades de conservação federal da região, a de Carijós, a Marinha do Arvoredo e de Anhatomirim.

"O empreendimento tem grande chance de acabar com uma população inteira de golfinhos na região de Anhatomirim. Não vejo como eles possam alterar o projeto de uma forma que esse impacto deixe de existir", disse o chefe da unidade de Carijós, Apoena Figueroa, à EXAME.com na época.

"Trabalhamos com entusiasmo para botar de pé o maior estaleiro das Américas e, assim, poder construir, com conteúdo nacional, a imensa quantidade de equipamentos navais que o nosso País precisa para produzir o petróleo que temos descoberto em águas nacionais", comemorou Luiz Eduardo Carneiro, diretor presidente da OSX, em nota publicada ontem.

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