Mercados

Especuladores elevam apostas contra euro para US$ 14,7 bi

Operadores de hedge funds ampliaram posição vendida da moeda europeia antes da aprovação do pacote de resgate para a Grécia

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Antes de Fundo Monetário Internacional (FMI) e instituições europeias conseguirem fechar um pacote de resgate de € 110 bilhões para a Grécia no final de semana, os operadores e hedge funds haviam ampliado a posição vendida na moeda europeia para um novo recorde, refletindo a expectativa de que a divisa seguiria ladeira abaixo.

A posição líquida de investidores não comerciais vendidos em euros aumentou para o total recorde de US$ 14,7 bilhões (89 mil contratos), segundo o mais recente relatório da Comissão de Negócios com Futuros de Commodities (Commodity Futures Trading Commission, ou CFTC em inglês). O levantamento foi divulgado na última sexta-feira, com base em dados coletados até a terça-feira, dia 27 de abril.

Esse levantamento refere-se à posição do grupo chamado de traders não comerciais, que reúne investidores que usam contratos futuros de commodities para fins de especulação sobre a variação cambial e não para proteção sobre a oscilação de preços das matérias-primas e produtos relacionados à venda ou compra em países com moedas diferentes. A CFTC é um órgão norte-americano que tem a tarefa de assegurar a eficiência e transparência das operações em mercados abertos e divulga relatórios semanais sobre o posicionamento desses investidores.

E mesmo depois do acordo fechado no final de semana para permitir que a Grécia seja blindada e ganhe tempo para colocar as contas internas em ordem, os investidores seguem pouco otimistas em relação às perspectivas para o euro.

Os estrategistas do Scotia Capital, braço de investimentos e negócios corporativos do Scotiabank Group, Camilla Sutton e Sacha Tihanyi, projetam que o euro deve derreter ainda mais, fechando o ano a US$ 1,26. Há pouco, o euro era cotado a US$ 1,3196, sem mostrar qualquer reação positiva ao pacote, já que estava abaixo da cotação de US$ 1,3312 registrada nos negócios de sexta-feira em Nova York. Para o próximo ano, o banco de investimentos canadense projeta uma cotação de US$ 1,31. "O euro foi incapaz de disparar, parte em razão da percepção de que mesmo com a ajuda a união monetária enfrenta muitos desafios pela frente", observaram.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Nasdaq cai 2,4% puxado por Intel e Amazon e aprofunda correção

Ibovespa cai 1,2% com pessimismo nos EUA e volta aos 125 mil pontos

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mercado amanhece tenso e ações no Japão têm pior dia desde 2016

Mais na Exame