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Espanha capta 5,640 bi de euros através de taxas reduzidas

A demanda foi mais uma vez muito elevada, superando os 18,4 bilhões de euros

Os juros concedidos pela Espanha para financiar-se foram muito menores que os da última emissão
 (Philippe Huguen/AFP)

Os juros concedidos pela Espanha para financiar-se foram muito menores que os da última emissão (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 09h36.

Madri - O Tesouro espanhol captou nesta terça-feira 5,640 bilhões de euros em bônus a 3 e 6 meses, em sua última emissão de obrigações do ano, superando a meta de emissão do governo com uma taxa de juros muito menor que a da emissão anterior.

Os juros concedidos pela Espanha para financiar-se foram reduzidos a um terço com relação à última emissão de 22 de novembro de bônus a três meses, a 1,735% (contra 5,110%), e a mais da metade para os títulos a seis meses, a 2,435% (contra 5,227%), anunciou o Banco da Espanha.

A demanda foi mais uma vez muito elevada, superando os 18,4 bilhões de euros, e dadas as boas condições, o Tesouro aproveitou para oferecer mais que sua meta inicial, que era captar entre 3,5 e 4,5 bilhões de euros.

O mesmo havia acontecido nas duas emissões de obrigações realizadas na semana passada: na terça-feira, o país emitiu 4,941 bilhões de euros em bônus a 12 e 18 meses, contra um montante previsto de 3,250 a 4.250 bilhões de euros, e na quinta-feira captou 6,028 bilhões em bônus a 4, 9 e 10 anos, quase o dobro de sua meta (2,5 a 3,5 bilhões).

Segundo especialistas, esta relação de confiança dos investidores em relação à Espanha é fruto das diretrizes traçadas pelo novo governo de direita, que assumirá oficialmente suas funções esta semana.

A posição da Espanha é significativamente melhor que a da Itália, que tem tido dificuldades para captar no mercado de obrigações.

O futuro presidente espanhol, Mariano Rajoy, fez um discurso sobre as metas de seu governo na segunda-feira ante o Parlamento, tentando transmitir uma mensagem de tranquilidade aos mercados. Rajoy traçou grandes linhas de seu plano de austeridade e de reformas, que se fazem extremamente urgentes em um país ameaçado pela recessão e castigado com um desemprego recorde para um país desenvolvido.

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