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Eneva fará aumento privado de capital de até R$1,5 bi

Na primeira fase será feito um aumento de até R$316,5 milhões, e na segunda um aumento de capital em dinheiro e em bens de até R$1,5 bilhão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 09h48.

São Paulo - A empresa de energia Eneva, ex-MPX, irá promover um aumento privado de capital de até 1,5 bilhão de reais, parte de um acordo para fortalecimento da sua estrutura de capital que também envolve a renegociação de dívidas e a venda da térmica Pecém II.

O acordo foi celebrado entre a companhia e a DD Brazil Holdings S.a.r.l., E.ON SE, e os bancos Itaú Unibanco, BTG Pactual, Citibank e HSBC Bank Brasil, conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira.

No documento, a companhia informou que a injeção de recursos será feita em duas fases. Na primeira, será feito um aumento privado de capital de até 316,5 milhões de reais, a um valor de 1,27 real por ação - preço de fechamento do papel na sexta-feira, quando a proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração.

A E.ON se comprometeu a subscrever novas ações da Eneva no valor de 120 milhões de reais nessa etapa, numa investida sujeita a determinadas condições suspensivas.

Na segunda fase da operação, será feito um aumento privado de capital em dinheiro e bens de até 1,5 bilhão de reais, descontado o montante emitido na primeira etapa.

A transação da segunda fase será submetida à aprovação da Assembleia Geral da Eneva. A E.ON se comprometeu a subscrever até 450 milhões de reais em novas ações de emissão da companhia nessa etapa, sendo que o compromisso "poderá ser realizado mediante a contribuição de parte, ou a totalidade, das ações diretas ou indiretas detidas pela E.ON e de emissão da Pecém II Geração de Energia, decorrente da potencial venda de ações do capital social da Pecém II à E.ON".

Antes da segunda fase do aumento de capital, a Eneva irá vender entre 50 e 100 por cento das ações de emissão da termelétrica Pecém II, localizada no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, segundo informado pela empresa nesta segunda.

A Eneva acrescentou ainda que o compromisso de subscrição por parte da E.ON está sujeito à condição de que a participação da empresa alemã no capital social da Eneva não passe de 49,9 por cento.

Ainda de acordo com o comunicado, a E.ON concordou em dar uma garantia, sujeita a determinadas condições suspensivas, pela qual incorporará indiretamente até 50 por cento da totalidade das ações de emissão da Pecém II, assim como um empréstimo concedido pela Eneva à termelétrica, por meio de uma sociedade de propósito específico a qual terá E.ON e Eneva como acionistas.

"A Venda de Pecém II será feita a condições e por um preço justo de mercado a ser determinado ao fim do processo competitivo e confirmado por um laudo de avaliação preparado pela Deloitte Touche Tohmatsu, sendo que o compromisso da E.ON com relação a Pecém II não deve exceder o valor de 400 milhões de reais", disse a Eneva.

Além do aumento de capital, a companhia também fechou um empréstimo ponte com as instituições financeiras no valor de 100 milhões de reais, uma reestruturação de seu endividamento e de suas subsidiárias no valor de 600 milhões de reais, e a prorrogação de cinco anos no prazo de vencimento dos empréstimos ainda existentes, com início do prazo para amortização a partir de junho de 2017.

"O aumento de capital, o reperfilamento das dívidas e a venda de Pecém II objetivam aumentar a disponibilidade de caixa do grupo Eneva e fortalecer sua estrutura de capital e seu balanço", disse a companhia.

Às 11h, a empresa fará uma teleconferência com o mercado sobre o anúncio.

Atualizado às 9h48

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