Empresas chinesas de redes sociais querem IPO nos EUA

Xangai - Uma das maiores companhias chinesas de redes sociais, a Oak Pacific Interactive, contratou bancos de investimento para uma oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, em 2011, e é a primeira de uma série de clones chineses do Facebook a procurar a oportunidade de abrir seu capital.

A Oak Pacific Interactive (OPI) contratou o Credit Suisse Group e o Deutsche Bank para que organizem sua oferta inicial, marcada para o primeiro semestre do ano que vem, disseram fontes próximas ao assunto à Reuters, na sexta-feira.

A empresa controla o Renren, o maior site chinês de redes sociais, e o Nuomi, semelhante ao popular site norte-americano Groupon, que oferece descontos diários em compras, bem como a comunidade online de entretenimento Mop.

O TaoMee, um site de redes sociais para crianças, também está planejando lançar ações no começo do ano que vem e vai realizar seu "desfile de beleza" para os bancos de investimento no primeiro trimestre de 2011, disse uma fonte conhecedora da situação.

O site de redes sociais Kaixin001 também tem planos de realizar uma oferta inicial mas ainda não iniciou o processo de seleção de bancos, disse a fonte, que solicitou que seu nome não fosse mencionado porque o assunto não é público.

"A questão é determinar se essas empresas realmente vão se tornar o Facebook da China", disse Paul Wuh, analista da Samsung Securities em Hong Kong.

"De que maneira eles vão monetizar --por meio de publicidade ou jogos? Essa é a questão, e o sucesso de cada um dependerá do modelo de negócios que escolherem", disse Wuh.

O site Renren, da OPI, se parece com o Facebook, porque permite aos usuários revelar sua localização aos amigos, compartilhar sites de que gostam e postar atualizações. O Renren tem cerca de 100 milhões de usuários registrados.

O Kaixin001 anunciou receita de pouco mais de 10 milhões de dólares no ano passado, e em 2010 antecipa faturamento cerca de três vezes mais alto, disse Cheng Binghao, presidente-executivo do grupo, em entrevista à Reuters em outubro.