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Empresa de petróleo de Eike Batista vai abrir capital

Oferta da OGX Petróleo e Gás Participações será direcionada exclusivamente a investidores qualificados

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 10h40.

A OGX Petróleo e Gás Participações, do empresário Eike Batista, protocolou nesta terça-feira (22/3) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu pedido de registro para realização de oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês). A operação, que terá como coordenador líder o banco UBS Pactual, será direcionada exclusivamente a investidores qualificados, tanto no Brasil quanto no exterior, já que a empresa lançará seus papéis também nos Estados Unidos.

Criada há menos de um ano, a OGX apresenta-se em seu prospecto preliminar como "a maior companhia privada brasileira do setor de petróleo e gás natural em termos de área marítima de exploração, com concessões cobrindo aproximadamente 7.000 km 2".  Como diferencial de mercado, a empresa destaca seu portfólio, que "inclui prospectos exploratórios de baixo risco evidenciado por meio de perfurações anteriores nessas regiões". Um estudo de viabilidade realizado pela consultoria DeGolyer & MacNaughton atesta que os blocos explorados pela OGX, localizados nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, contam com um potencial de extração de gás e petróleo de 20,2 bilhões de barris.

No final do ano passado, a companhia levou 21 dos 23 blocos ofertados no leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e levantou, por meio de uma oferta privada de ações, 1,3 bilhão de dólares para bancar seus investimentos. Os recursos obtidos com o IPO deverão ser direcionados à exploração desses blocos e a investimentos em novas oportunidades.

Além da OGX, Eike Batista controla um grupo que atuaem mineração, siderurgia, logística e geração de energia, por meio das empresas MMX, EBX, LLX e MPX, respectivamente. Há pouco mais de um mês, pagou 80 milhões de reais pelo Hotel Glória, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, e ainda negocia com o grupo indiano Tata a instalação de uma montadora de automóveis no Brasil. Em entrevista à revista EXAME, em janeiro, o empresário se auto-definiu como o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna semelhante a dos fundadores do Google.

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