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Emprego nos EUA e PIB da Europa ditam ritmo das bolsas

Índices subiram nos últimos dois dias com avanços nas negociações entre China e Estados Unidos

Bolsa de Nova York: índices de desemprego em queda devem estimular alta na Bolsa americana (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa de Nova York: índices de desemprego em queda devem estimular alta na Bolsa americana (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 07h31.

São Paulo — Após dois dias de crescimento no Ibovespa e nas bolsas internacionais com avanços nas negociações entre China e Estados Unidos, o ritmo das negociações na sexta-feira deve ser ditado pela economia americana.

Às 9h30, horário de Brasília, os Estados Unidos divulgam o número de postos de trabalho criados em agosto. A expectativa é que 150 mil vagas tenham sido abertas, mantendo o índice de desemprego no país perto dos níveis mais baixos da história, em 3,7%. Seria, também, um número condizente com o observado nos sete primeiros meses do ano, quando foram criados em média 165 mil postos de trabalho por mês.

Mas é muito menos que os 223 mil empregos gerados por mês entre janeiro e julho de 2018. Outro indicador que deve gerar interesse é o de horas trabalhadas, que caiu 0,6% em julho, em outro indicativo que a economia americana pode estar perdendo fôlego.

O ritmo de criação de empregos tem duas grandes consequências econômicas. A primeira, e mais imediata, é seu impacto sobre a decisão do Banco Central americano, o Fed, que se reúne nos dias 17 e 18 para anunciar a nova taxa de juros no país.

O presidente da instituição, Jerome Powell, discursa hoje, às 13h30 de Brasília, em Zurique, e pode dar novas pistas sobre a próxima decisão sobre os juros no país.

Dados fracos de desemprego aumentarão a pressão por quedas de juros. A segunda consequência dos dados de desemprego é mais de médio prazo: números abaixo do previsto serão um elemento a mais a mostrar um desaquecimento na economia do país, colocando em risco a reeleição do presidente Donald Trump em 2020 e potencialmente interferindo em sua guerra comercial com a China.

As bolsas asiáticas e do Pacífico subiram pouco nesta sexta-feira, com altas entre 0,1%, em Hong Kong, e 0,5%, na Austrália. Ainda assim, o índice MSCI para a região fechou a semana com avanço de 2,2%, o maior desde junho. É reflexo das novas rodadas de negociações anunciadas por China e Estados Unidos para junho.

Na Europa, as também abriram em leve alta, impulsionadas pela divulgação de avanço de 0,2% do PIB da região no segundo trimestre, em linha com as estimativas. As incertezas no continente continuam as mesmas de sempre, a começar pela novela do Brexit, cuja decisão pode ser mais uma vez adiada, agora para 31 de janeiro. A Alemanha, maior economia da Europa, anunciou nesta sexta-feira que sua produção industrial inesperadamente caiu em julho. As incertezas seguem em alta nos dois lados do Atlântico.

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