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Emissões de ações podem girar R$ 25 bi

A percepção de fontes de mercado é que as primeiras movimentações de 2017 podem retratar o restante do ano.

 (Germano Luders/Exame)

(Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de fevereiro de 2017 às 10h53.

São Paulo - Os investidores estão com apetite para ofertas de ações no Brasil, mas a seletividade deverá continuar marcando as operações.

O fato ficou bastante evidente nas primeiras emissões deste ano. De quatro ofertas de fevereiro (Movida, Hermes Pardini, Unidas e CCR) - sendo a última uma oferta subsequente (follow on) -, uma delas foi cancelada, a da Unidas, ao passo que a Movida, do mesmo setor, teve de reduzir o preço para viabilizar a operação.

A percepção de fontes de mercado é que as primeiras movimentações de 2017 podem retratar o restante do ano.

"Cada caso será muito bem analisado pelos investidores, não estamos com o otimismo dos anos de ouro para aberturas de capital", disse uma fonte, lembrando das dezenas de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) de 2006 e 2007.

Naquela época, a euforia foi maior que os próprios fundamentos das companhias e os IPOs saíram com extrema facilidade.

A despeito de um ambiente de enormes desafios atualmente, a projeção é de que mais empresas tenham espaço para captarem no mercado de capitais no Brasil.

O diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, calcula que, juntas, as ofertas iniciais e as subsequentes têm potencial para somar R$ 25 bilhões neste ano. Segundo o executivo, há cerca de 17 empresas na fila pedindo registro para realizar emissões de ações neste ano.

As ofertas deste ano somam, até aqui, R$ 5,6 bilhões. Para Edemir, a oferta da Movida, a primeira de 2017, deve marcar a retomada do mercado de capitais no Brasil, após um longo e fraco período.

Os números estão otimistas principalmente quando se olha pelo retrovisor. No ano passado foram dez ofertas, mas apenas uma abertura de capital. Em 2015, cinco ofertas e um IPO. Em 2014, duas ofertas: um "follow on" e um IPO.

Agora, a tendência começa a mudar, mas a seletividade por parte dos investidores dominará as mesas de negociações. "Empresas já abertas e boas vão acessar o mercado via 'follow on' tranquilamente", disse uma fonte de um banco de investimento.

No caso da CCR, a companhia levantou R$ 4 bilhões na oferta de ações. Mas as principais ofertas para o ano ainda estão por vir. Há na fila nomes de peso, como a companhia aérea Azul, a XP Investimentos e o Carrefour.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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