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Emissão do Banco do Brasil deve adiar oferta de ações

Captação de US$ 1,5 bi amplia a capacidade financeira do banco, diz analista

Em 2011, ações do BB registram desvalorização de 11%, enquanto o índice que mede o desempenho de instituições financeiras na bolsa, o IFNC, conta com uma queda de 8,8% (Divulgação)

Em 2011, ações do BB registram desvalorização de 11%, enquanto o índice que mede o desempenho de instituições financeiras na bolsa, o IFNC, conta com uma queda de 8,8% (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 14h40.

São Paulo – A nova captação do Banco do Brasil (BBAS3) deve postergar a necessidade de realizar uma nova oferta de ações, avalia o analista Francisco Kops, da corretora Planner. O BB concluiu na semana passada sua emissão de papéis de dívida subordinada de nível 2, que entram como capital no balanço da instituição financeira.

A instituição levantou 1,5 bilhão de dólares com prazo de vencimento em dez anos e a demanda chegou a um total de 3,5 bilhões de dólares, segundo o jornal Valor Econômico. “A nova captação, por ser nível 2, amplia ainda mais a capacidade financeira do banco em relação à Basiléia e deixa para um futuro mais longínquo uma nova oferta de ações”, avalia o Kops.

Kops reiterou a recomendação de compra à ações ordinárias do banco, com um preço-alvo de 36,00 reais para dezembro de 2011. Considerando a cotação de fechamento da última sexta-feira (20), de 27 reais, os papéis podem entregar ganhos de até 33% ao acionista até o final do ano.

Investimentos

O analista ressalta ainda o plano de investimento de 1 bilhão de reais do banco para o ano. O BB pretende inaugurar 600 novas agências este ano. O número é três vezes maior que o de 2010, quando o banco abriu 200 novos postos de atendimento.

Recentemente, o presidente da instituição, Aldemir Bendine, disse que o foco do banco é investir em agências complementares, de menor porte, que custam 10% do valor de uma agência padrão. “Serão 250 pontos complementares. Vamos investir em cada um cerca de 200 mil reais”, afirmou o executivo.

O plano de investimento é necessário para o Banco do Brasil aumentar sua capilaridade e melhorar sua percepção com os clientes em geral, na avaliação de Francisco Kops. “Acreditamos que o impacto nos dividendos deva ser reduzido, já que os investimentos seriam menos de 10% dos lucros projetados para este ano”, conclui.

As ações ordinárias do Banco do Brasil negociam a um múltiplo preço/lucro em 6,4 vezes. No ano, esse papéis registram desvalorização de 11%, enquanto o índice que mede o desempenho de instituições financeiras na bolsa, o IFNC, conta com uma queda de 8,8%. 

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