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Em movimento pós-Fed, dólar avança 0,7% ante real

Moeda firmou-se em alta ante o real nesta quinta-feira em um movimento de correção à forte queda da sessão anterior


	Dólar: às 11h02, o dólar avançava 0,70 por cento, a 2,2095 reais na venda, após cair 2,89 por cento, para 2,1942 reais, seu menor nível desde 26 de junho, na sessão anterior
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Dólar: às 11h02, o dólar avançava 0,70 por cento, a 2,2095 reais na venda, após cair 2,89 por cento, para 2,1942 reais, seu menor nível desde 26 de junho, na sessão anterior (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 11h19.

São Paulo - Após um início de sobe e desce, o dólar firmou-se em alta ante o real nesta quinta-feira em um movimento de correção à forte queda da sessão anterior.

O ambiente de negócios ainda era temperado pela decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de manter o ritmo do programa de compra de ativos.

Às 11h02, o dólar avançava 0,70 por cento, a 2,2095 reais na venda, após cair 2,89 por cento, para 2,1942 reais, seu menor nível desde 26 de junho, na sessão anterior. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em 10 milhões de dólares.

"O mercado está oscilando bastante porque depois da decisão do Fed, (o dólar) tem que traçar novos ajustes", afirmou o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.

Na quarta-feira, o BC norte-americano decidiu continuar comprando títulos ao ritmo de 85 bilhões de dólares por mês, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimo nos últimos meses possa pesar sobre a economia.

A decisão deve abrir uma nova perspectiva para o desempenho do dólar no Brasil, mas ainda há dúvidas sobre qual o patamar a moeda deverá se estabilizar. "Agora são novos rumos e novas metas. Ontem caiu muito e ainda tem espaço para cair mais", afirmou Romano.


Já o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, acredita que a postura do Fed levará o dólar a passar a operar dentro de uma banda entre 2,20 reais e 2,25 reais.

"O Fed não adotou a medida que todos esperavam de dar início ao desmonte do programa de incentivos e um fato que contribuiu para isso foi o desconforto que isso criaria para as taxas de juros. O aumento dos juros poderia comprometer parte do que foi conquistado por lá", disse Nehme.

No cenário interno, o Banco Central deu mais um passo no programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com a venda dos 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O volume financeiro equivalente do leilão foi de 497,2 milhões de dólares.

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