Em dia de pouca liquidez, juros curtos fecham estáveis
Declarações e desmontagem de posições no fim da sessão desta segunda-feira, 23, ajudaram a colocar as taxas longas em discreta alta
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 17h08.
São Paulo - Em um dia de liquidez reduzida e indicadores domésticos dentro do esperado, as taxas futuras de juros seguiram mercados externos e declarações de alguns membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).
À tarde, o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, voltou a defender a redução dos estímulos pelo Fed e fez críticas à Janet Yellen, candidata à sucessão de Ben Bernanke na presidência da instituição.
As declarações e a desmontagem de posições no fim da sessão desta segunda-feira, 23, ajudaram a colocar as taxas longas em discreta alta. Os vencimentos mais curtos, no entanto, ficaram quase estáveis.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (128.680 contratos) marcava 9,24%, igual ao ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (181.685 contratos) indicava taxa de 10,09%, de 10,07% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (76.710 contratos) apontava 11,15%, de 11,10%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.115 contratos) estava em 11,57%, de 11,54% no ajuste anterior.
No mercado de títulos da dívida do Tesouro dos EUA, o juro do T-note de 10 anos, marcava 2,705% às 16h40 (horário de Brasília), de 2,740% no fim da tarde de sexta-feira.
"Como não houve surpresas com os indicadores conhecidos, os juros reagiram às declarações de membros do Fed", afirmou um operador. "Não há uma explicação clara para que o pequeno avanço das taxas mais longas no período da tarde. Como a liquidez é baixa, uma ou outra operação de desmontagem pode ter distorcido um pouco a curva", completou outro profissional da área de renda fixa.
O dia foi marcado por uma série de declarações de membros do Fed, que ora colocaram as taxas para baixo, ora para cima.
Pela manhã, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que "a economia (dos EUA) ainda precisa de suporte de uma política monetária acomodatícia". No começo da tarde, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que é difícil ver na economia condições que permitam reduzir o programa de estímulo em outubro.
Depois, Fisher veio a público e criticou a decisão do Fed na semana passada, dizendo que adiar a redução dos estímulos colocou a credibilidade da instituição em dúvida. Ele, que não vota neste ano, mas participará das decisões do Fed em 2014, também afirmou que Janet Yellen "é uma boa pessoa, mas está errada sobre a política do Fed".
O dólar operou em queda ante a maioria das moedas, incluindo o real. A baixa também contou com a contribuição do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que, em teleconferência com a imprensa internacional, sinalizou a manutenção das intervenções no câmbio, dizendo que a estratégia tem sido bem-sucedida. O dólar à vista no balcão recuou 0,86%, cotado a R$ 2,20.
São Paulo - Em um dia de liquidez reduzida e indicadores domésticos dentro do esperado, as taxas futuras de juros seguiram mercados externos e declarações de alguns membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).
À tarde, o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, voltou a defender a redução dos estímulos pelo Fed e fez críticas à Janet Yellen, candidata à sucessão de Ben Bernanke na presidência da instituição.
As declarações e a desmontagem de posições no fim da sessão desta segunda-feira, 23, ajudaram a colocar as taxas longas em discreta alta. Os vencimentos mais curtos, no entanto, ficaram quase estáveis.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (128.680 contratos) marcava 9,24%, igual ao ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (181.685 contratos) indicava taxa de 10,09%, de 10,07% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (76.710 contratos) apontava 11,15%, de 11,10%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 2.115 contratos) estava em 11,57%, de 11,54% no ajuste anterior.
No mercado de títulos da dívida do Tesouro dos EUA, o juro do T-note de 10 anos, marcava 2,705% às 16h40 (horário de Brasília), de 2,740% no fim da tarde de sexta-feira.
"Como não houve surpresas com os indicadores conhecidos, os juros reagiram às declarações de membros do Fed", afirmou um operador. "Não há uma explicação clara para que o pequeno avanço das taxas mais longas no período da tarde. Como a liquidez é baixa, uma ou outra operação de desmontagem pode ter distorcido um pouco a curva", completou outro profissional da área de renda fixa.
O dia foi marcado por uma série de declarações de membros do Fed, que ora colocaram as taxas para baixo, ora para cima.
Pela manhã, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que "a economia (dos EUA) ainda precisa de suporte de uma política monetária acomodatícia". No começo da tarde, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que é difícil ver na economia condições que permitam reduzir o programa de estímulo em outubro.
Depois, Fisher veio a público e criticou a decisão do Fed na semana passada, dizendo que adiar a redução dos estímulos colocou a credibilidade da instituição em dúvida. Ele, que não vota neste ano, mas participará das decisões do Fed em 2014, também afirmou que Janet Yellen "é uma boa pessoa, mas está errada sobre a política do Fed".
O dólar operou em queda ante a maioria das moedas, incluindo o real. A baixa também contou com a contribuição do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que, em teleconferência com a imprensa internacional, sinalizou a manutenção das intervenções no câmbio, dizendo que a estratégia tem sido bem-sucedida. O dólar à vista no balcão recuou 0,86%, cotado a R$ 2,20.