Elon Musk planeja demitir 75% dos funcionários do Twitter; diz jornal
Se de fato cumprir a pretensão, o Twitter poderia sair de 7,5 mil funcionários para cerca de 2 mil
Luiza Vilela
Publicado em 20 de outubro de 2022 às 21h37.
Última atualização em 21 de outubro de 2022 às 13h44.
O atrito de Elon Musk com a compra do Twitter segue em bases quentes. De acordo com o The Washington Post, o bilionário disse a investidores que, caso consiga concluir a compra do Twitter, planeja demitir três quartos do quadro de funcionários da rede social.
O jornal americano teve acesso a documentos confidenciais da companhia e relatou que os cortes levariam o quadro atual de 7,5 mil pessoas para cerca de 2 mil. A reportagem diz que Musk acredita que a rede social é uma "empresa inchada" e que as demissões viriam em prol de melhorias à companhia.
Além disso, ao demitir os funcionários "menos eficientes", o bilionário acredita que seria capaz de dobrar a receita da empresa em até três anos e triplicar o número de usuários monetizáveis ativos por dia (MDAUs).
A reportagem não diz, no entanto, como ele planeja fazer isso. O Twitter também não se manifestou ao The Washington Post até a publicação da reportagem.
Cortes no Twitter
A grande desvantagem das intenções do bilionário é que, independente do resultado do acordo feito com Musk, os cortes no Twitter devem acontecer em breve. Antes mesmo do envolvimento dele na companhia, a empresa já pretendia reduzir os gastos dos funcionários que, de acordo com o Post, sairiam de US$ 1,5 bilhões para US$ 800 milhões em 2023.
Edwin Chen, ex-cientista de dados do Twitter e atual presidente do Surge AI, disse ao jornal que as demissões seriam um 'efeito cascata'. “Vai haver serviços caindo e pessoas sem o conhecimento institucional para colocá-los no ar novamente, sendo totalmente desmoralizadas e querendo elas mesmas sair da companhia.”
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