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Educacionais puxam alta da Bolsa com a decisão do MEC

Portaria do Ministério da Educação aumentou percentual de carga horária EAD de cursos presenciais

Bolsa: Ibovespa sobe, mas não retoma os 111 mil pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa sobe, mas não retoma os 111 mil pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 18h41.

Última atualização em 11 de dezembro de 2019 às 19h45.

São Paulo - O Ibovespa subiu 0,29% no pregão desta quarta-feira (11) e fechou em 110.964,27 pontos. A alta ocorre em linha com as bolsas internacionais, que também tiveram dia de leve alta, após as expectativas sobre a manutenção dos juros americanos entre 1,5% e 1,75% se confirmarem. A projeção de 13 dos 17 formuladores da política monetária dos Estados Unidos é a de que a taxa se mantenha até 2021.

Na Bolsa, o setor de educação apresentou forte movimento de alta, após o Ministério da Educação baixar uma portaria que abre a possibilidade de os cursos presenciais passarem a ter 40% de sua carga horária à distância. Até então, o limite era de 20%.

Com isso, as ações das companhias educacionais lideraram as altas do Ibovespa. Os papéis da Cogna (ex-Kroton) e da Yduqs (ex-Estácio) subiram 7,08% e 4,25%, respectivamente. Fora do índice, os papéis da Ser Educacional avançaram 7,57% e as da Anima, 2,31%.

Apesar da expectativa de redução de custos nas universidades, um especialista consultado por EXAME afirma que a mudança pode demorar a surtir efeito. “No fim das contas, o projeto pedagógico tem que ser submetido ao MEC. Não vai ser amanhã que as IES vão conseguir ofertar um produto mais enxuto.”

Além do corte de gastos, a medida pode trazer benefício para os projetos de expansão, visto que será necessário um território menor para atender à mesma quantidade de alunos.

O setor de siderurgia foi outro a ter um dia positivo na Bolsa, sustentado pela apreciação do minério de ferro na China. Com grande peso no Ibovespa, a Vale subiu 1,23% enquanto as ações da CSN se valorizaram 2,48% e as da Usiminas, 1,48%. Já os papéis da Gerdau, que vem se apreciando nas últimas semanas, caíram 0,74%.

Os frigoríficos, por outro lado, fecharam o dia no negativo, com os papéis da BRF liderando as quedas. As ações da dona das marcas Sadia e Perdigão recuaram 2,5% enquanto os papéis da JBS se desvalorizaram 2,12%. Na Bolsa, a Marfrig e a Minerva caíram 0,8% e 1,66%, respectivamente. 

Apesar do sucesso do IPO da XP Inc. na Nasdaq, o Itaú, que possui 49,9% das ações da corretora, depreciaram-se 1,17% - a maior queda entre os bancos. Entre os gigantes do segmento, o Bradesco caiu 0,58%, o Santander, 0,25% e o Banco do Brasil, 0,15%.  Os papéis do BTG Pactual se desvalorizaram 0,9%.

*Colaborou Carol Oliveira

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