Dólar tem variações ante real com cena política e olho em BC
O mercado de câmbio também era influenciado pelo quadro externo favorável e pela decisão do BC brasileiro de manter a oferta de swaps cambiais para rolagem
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2016 às 11h02.
São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas frente ao real nesta segunda-feira, após marcar a maior queda semanal desde 2008, reflexo da maior probabilidade atribuída pelos investidores de que a presidente Dilma Rousseff não conclua seu mandato.
O mercado de câmbio também era influenciado pelo quadro externo favorável e pela decisão do Banco Central brasileiro de manter a oferta de swaps cambiais para rolagem, após vender parcialmente o lote oferecido na sessão passada.
Às 10:46, o dólar avançava 0,36 por cento, a 3,7742 reais na venda, depois de cair 5,93 por cento na semana passada. A moeda norte-americana atingiu 3,7824 reais na máxima desta sessão e 3,7350 reais na mínima.
"O embalo doméstico foi muito forte, há uma certa euforia. Devemos ver alguma realização de lucro de recomposição de posições nesta semana", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para depor na sexta-feira em nova etapa da operação Lava Jato sob suspeita de ser beneficiário de crimes envolvendo a Petrobras, aproximando ainda mais a investigação do atual governo.
A reação do dólar foi engatar em forte queda frente ao real, já que muitos investidores entendem que eventual troca do governo pintaria um quadro mais favorável à recuperação da economia brasileira.
Alguns operadores ponderam, porém, que essas incertezas políticas prejudicam ainda mais a governabilidade do país.
Nesta sessão, a alta dos preços do petróleo e das ações chinesas, após diversas autoridades da China garantirem que a economia vai permanecer sólida, sustentavam o bom humor nos mercados externos.
Outro item que atraía atenção é a estratégia de intervenção cambial do BC. Na sexta-feira, a autoridade monetária vendeu apenas 8 mil dos 9,6 mil swaps cambiais ofertados em leilão para rolagem dos contratos que vencem em abril, equivalentes a 10,092 bilhões de dólares.
A decisão afastou a moeda norte-americana das mínimas da sessão passada, quando chegou a recuar à casa dos 3,65 reais, e alimentou expectativas de que o BC poderia reduzir o ritmo das ofertas nos dias seguintes.
Após o fechamento, porém, a autoridade monetária anunciou para este pregão leilão com a mesma oferta de até 9,6 mil contratos.
“O BC indicou que está disposto a diminuir a rolagem quando as condições permitirem, mas talvez esta não seja a hora. Acho que ele sabe que o mercado deve continuar volátil, é bom manter a oferta de proteção”, disse o operador de um banco nacional.
São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas frente ao real nesta segunda-feira, após marcar a maior queda semanal desde 2008, reflexo da maior probabilidade atribuída pelos investidores de que a presidente Dilma Rousseff não conclua seu mandato.
O mercado de câmbio também era influenciado pelo quadro externo favorável e pela decisão do Banco Central brasileiro de manter a oferta de swaps cambiais para rolagem, após vender parcialmente o lote oferecido na sessão passada.
Às 10:46, o dólar avançava 0,36 por cento, a 3,7742 reais na venda, depois de cair 5,93 por cento na semana passada. A moeda norte-americana atingiu 3,7824 reais na máxima desta sessão e 3,7350 reais na mínima.
"O embalo doméstico foi muito forte, há uma certa euforia. Devemos ver alguma realização de lucro de recomposição de posições nesta semana", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para depor na sexta-feira em nova etapa da operação Lava Jato sob suspeita de ser beneficiário de crimes envolvendo a Petrobras, aproximando ainda mais a investigação do atual governo.
A reação do dólar foi engatar em forte queda frente ao real, já que muitos investidores entendem que eventual troca do governo pintaria um quadro mais favorável à recuperação da economia brasileira.
Alguns operadores ponderam, porém, que essas incertezas políticas prejudicam ainda mais a governabilidade do país.
Nesta sessão, a alta dos preços do petróleo e das ações chinesas, após diversas autoridades da China garantirem que a economia vai permanecer sólida, sustentavam o bom humor nos mercados externos.
Outro item que atraía atenção é a estratégia de intervenção cambial do BC. Na sexta-feira, a autoridade monetária vendeu apenas 8 mil dos 9,6 mil swaps cambiais ofertados em leilão para rolagem dos contratos que vencem em abril, equivalentes a 10,092 bilhões de dólares.
A decisão afastou a moeda norte-americana das mínimas da sessão passada, quando chegou a recuar à casa dos 3,65 reais, e alimentou expectativas de que o BC poderia reduzir o ritmo das ofertas nos dias seguintes.
Após o fechamento, porém, a autoridade monetária anunciou para este pregão leilão com a mesma oferta de até 9,6 mil contratos.
“O BC indicou que está disposto a diminuir a rolagem quando as condições permitirem, mas talvez esta não seja a hora. Acho que ele sabe que o mercado deve continuar volátil, é bom manter a oferta de proteção”, disse o operador de um banco nacional.