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Dólar tem máxima em mais de 1 mês com crise nuclear

Explosões em reatores nucleares no Japão após o terremoto de sexta-feira espalhavam o temor de um desastre atômico no país

O câmbio também está fugindo do risco, com o dólar, o franco suíço e o iene se valorizando (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 10h50.

São Paulo - O dólar subia quase 1 por cento nesta terça-feira, afastando-se do patamar de 1,65 real com o medo de uma crise nuclear no Japão.

Às 10h35, a moeda norte-americana subia 0,66 por cento, a 1,673 real. A máxima do dia, a 1,678 real para venda, foi a maior cotação em mais de um mês (7 de fevereiro).

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Explosões em reatores nucleares no Japão após o terremoto de sexta-feira espalhavam o temor de um desastre atômico no país, com o aumento dos níveis de radioatividade e racionamento de energia. O medo provocou a queda de 10,55 por cento da bolsa de Tóquio. "O mercado (global) de câmbio também está fugindo do risco, com o dólar, o franco suíço e o iene se valorizando", afirmou Camilla Sutton, estrategista de câmbio da Scotia Capital.

Os japoneses estão entre os principais investidores estrangeiros no Brasil, diretamente ou por meio de fundos.

Com a alta, diminui a expectativa por medidas do governo contra a valorização do real. Desde o dia 4 de março, quando o dólar fechou abaixo de 1,65 real pela primeira vez desde 2008, o mercado tem convivido com rumores e expectativas a respeito de uma intervenção ainda mais forte do governo contra a queda do dólar - considerando até a possibilidade de uma quarentena.

"É claro que vai esfriar. Com o mercado em alta, ele começa a esquecer um pouco (as medidas)", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

A jornalistas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "uma coisa não tem nada a ver com a outra", sem dar mais detalhes.

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