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Dólar tem leves variações com mercado otimista com Previdência

Às 10:48, o dólar recuava 0,15%, a 3,2040 reais na venda, depois de ter fechado em baixa na véspera e na casa dos 3,20 reais

Dólar: dos oito últimos pregões, a moeda norte-americana recuou em sete (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: dos oito últimos pregões, a moeda norte-americana recuou em sete (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 11h02.

São Paulo - O dólar operava com leves variações contra o real nesta quarta-feira, diante da maior expectativa de que o governo do presidente Michel Temer pode conseguir aprovar a reforma da Previdência em breve.

Às 10:48, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,2040 reais na venda, depois de ter fechado em baixa na véspera e na casa dos 3,20 reais. Na mínima do dia, já foi a 3,2024 reais.

Dos oito últimos pregões, a moeda norte-americana recuou em sete deles, acumulando perdas de 3 por cento. O dólar futuro registrava variação negativa de cerca de 0,20 por cento.

"A avaliação é de que as chances de aprovação da reforma da Previdência cresceram. Como no ano que vem tem eleição, está se costurando esse cenário de votação ainda nesse ano", disse o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Junior, referindo-se à possibilidade de o PSDB ajudar na votação da matéria.

O bom humor dos investidores vinha mesmo com os sinais de dificuldade com que o governo do presidente Michel Temer tem se deparado para garantir apoio político e votar a reforma o mais rápido possível.

Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o ideal seria votar a matéria neste ano, mas não fixou uma data limite para que a proposta seja apreciada no plenário da Casa.

Em outra frente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que é importante que a reforma da Previdência seja aprovada até o fim do mandato de Temer, reconhecendo maior dificuldade de passar o texto na Câmara dos Deputados ainda este ano, como espera o governo.

A briga pela formação da Ptax, taxa do Banco Central usada como referência para diversos contratos cambiais, no final do mês também era destaque nesta sessão, que pode ficar mais instável.

O mercado também já se preparava para a volta do BC ao mercado de câmbio para rolar os swaps cambiais, contratos que se assemelham à venda futura de dólares, que vencem em janeiro, no valor equivalente a 9,638 bilhões de dólares. Em novembro e em dezembro, não houve vencimentos e, por isso, o BC ficou de fora do mercado.

"O recuo para o patamar de 3,20 reais indica que prevalecem os fatores internos, com os juros baixos e a maior perspectiva de aprovação da reforma da Previdência", afirmou Faria Junior. "Mas se o BC rolar todos os swaps e a Previdência for aprovada, a moeda norte-americana deve se enfraquecer ainda mais, ficando abaixo desse patamar", acrescentou.

Hoje, segundo dados da autoridade monetária, o estoque total dos swaps estava em 23,794 bilhões de dólares.

No exterior, a moeda norte-americana rondava a estabilidade frente a uma cesta de divisas, diante das preocupações com possível paralisação do governo dos Estados Unidos depois que os democratas se retiraram de uma reunião com o presidente Donald Trump, aumentando a tensão política com os republicanos para votações na área tributária.

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