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Dólar tem leves variações antes de votação de impeachment

O Banco Central fará novo leilão de até 80 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares, nesta sessão


	Dólares: às 10h29, o dólar avançava 1,34%, a 3,5225 reais na venda, após atingir 3,5260 reais na máxima do dia
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: às 10h29, o dólar avançava 1,34%, a 3,5225 reais na venda, após atingir 3,5260 reais na máxima do dia (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 10h54.

São Paulo - O dólar avançava mais de 1% frente ao real nesta sexta-feira, pressionado pela intensa atuação do Banco Central, enquanto o bom humor imperava na última sessão antes da votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Às 10h29, o dólar avançava 1,34%, a 3,5225 reais na venda, após atingir 3,5260 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 1%.

"O foco total e completo está na Câmara. O BC pode até moderar o movimento de queda, mas o que vai determinar a tendência do câmbio nas próximas semanas é a política", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A Câmara dos Deputados vota no domingo a abertura ou não do processo de afastamento da presidente Dilma e expectativas de aprovação vêm exercendo forte pressão de baixa sobre o dólar, sobretudo nos últimos dias. Muitos operadores acreditam que eventual troca de governo poderia trazer de volta a confiança dos investidores na economia brasileira.

O BC reagiu reforçando sua intervenção no câmbio, acelerando muito a redução de seu estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalentes a compra futura de dólares.

Nesta sessão, vendeu 80 mil swaps cambiais reversos, que funcionam como compra futura de dólares, todos com vencimento em 1º de julho deste ano. E já anunciou outro leilão de mais até 40 mil contratos, o que levou o dólar às máximas do dia.

Também contribuía para pressionar o câmbio no Brasil o ambiente externo desfavorável, com investidores preferindo estratégias mais defensivas antes da reunião de produtores de petróleo no fim de semana. Poucos esperam que o encontro resulte em acordo para congelar a produção global, levando a commodity a recuar nesta sessão.

"Temos motivos para o dólar subir hoje, mas isso será completamente ofuscado se o impeachment passar na Câmara no fim de semana", disse o operador de uma corretora internacional.

Matéria atualizada às 10h54

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