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Dólar tem leve queda, de olho na reforma da Previdência

O cenário externo ajudou a segurar movimentos maiores de desvalorização do dólar, com aumento da aversão ao risco diante da reforma tributária nos EUA

Dólar: o ambiente melhorou nos últimos dias com a força-tarefa do governo para tentar angariar apoio político e votar a reforma (iStock/Getty Images)

Dólar: o ambiente melhorou nos últimos dias com a força-tarefa do governo para tentar angariar apoio político e votar a reforma (iStock/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 17h25.

São Paulo - O dólar fechou em leve queda frente ao real nesta quinta-feira, em meio ao otimismo dos investidores diante dos esforços do governo para tentar aprovar pontos da reforma da Previdência no Congresso Nacional.

O cenário externo ajudou a segurar movimentos maiores de desvalorização do dólar nesta sessão, com aumento da aversão ao risco diante do processo de reforma tributária nos Estados Unidos.

O dólar recuou 0,12 por cento, a 3,2599 reais na venda, depois de ir a 3,2367 reais na mínima do dia e a 3,2677 reais na máxima. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,15 por cento no final da tarde.

"O mercado está olhando de forma positiva o retorno das negociações (em torno da reforma da Previdência)... Há chances de a moeda voltar a operar na casa de 3,20 reais no curtíssimo prazo", disse o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

O ambiente melhorou nos últimos dias com a força-tarefa do governo para tentar angariar apoio político e votar, mesmo que apenas alguns pontos, a reforma da Previdência, fundamental para o ajuste das contas do país.

O movimento veio após o presidente Michel Temer indicar que teria desistido de aprovar a reforma da Previdência, causando reações negativas nos mercados financeiros.

Nesta manhã, as negociações entre o governo e parlamentares prosseguiram e ficou indicado que a nova proposta manterá a idade mínima do projeto aprovado em comissão especial, terá regra de transição até 2037 e equiparação entre o regime dos servidores e o regime geral da Previdência.

Apesar do maior otimismo agora, o dólar mudou de patamar frente ao real recentemente justamente pelos temores de que o governo não teria força política para dar andamento à agenda econômica no Congresso Nacional tanto pela aproximação do ano eleitoral de 2018 quanto pelo desgaste político após Temer ter negociado com a base para segurar denúncias contra ele.

Entre meados de julho e o início de outubro, o dólar basicamente rondou os patamares de 3,15 e 3,20 reais e, depois disso, chegou a encostar no nível de 3,30 reais.

Nesta sessão, pesou também o cenário externo, depois da notícia de que a reforma tributária planejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser alterada no Senado. O dólar, que cedia ante algumas divisas de países emergentes, como o rand sul-africano, passou a subir.

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