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Dólar tem forte giro e cai com ajuste após ata do Copom

No mercado doméstico, o dólar à vista fechou na cotação mínima do dia, a R$ 2,028 no balcão, com recuo de 0,15%

Dólar: a trajetória de queda da moeda norte-americana, rumando para R$ 2,020 no mercado à vista, e para 2,030 no futuro (AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 17h46.

São Paulo - O dólar encerrou o dia em queda, na contramão da tendência registrada pela moeda norte-americana no exterior. Depois de abertura em leve alta, o dólar passou a renovar mínimas nesta quinta-feira. O movimento é visto como uma combinação de realinhamento de expectativas.

A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com perspectiva de juros estáveis por um longo período e ainda atraentes em comparação aos juros nas economias avançadas, se juntou à posição de bancos que, desde a véspera, estariam tentando segurar as cotações no mercado à vista em face do fluxo cambial negativo, cita um estrategista.

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No mercado doméstico, o dólar à vista fechou na cotação mínima do dia, a R$ 2,028 no balcão, com recuo de 0,15%. Na máxima, a moeda ficou em R$ 2,032. O giro financeiro foi forte e somava US$ 1,979 bilhão perto das 17 horas. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0285, com queda de 0,12% (dado preliminar). No mesmo horário, o dólar para novembro de 2012 estava cotado R$ 2,032 (-0,25%).

A trajetória de queda da moeda norte-americana, rumando para R$ 2,020 no mercado à vista, e para 2,030 no futuro, deixa os investidores atentos à potencial entrada do Banco Central no mercado de câmbio.


Quanto à ata, a percepção é de que a taxa de juros possa permanecer estável por um longo período em um nível historicamente baixo para o Brasil, mas que ainda é atraente para o investidor estrangeiro, diante do patamar reduzido dos juros nas economias avançadas, representando um fator de atração para entrada de recursos.

E é isso que as cotações podem ter ilustrado nesta sessão, pondera um analista. Na avaliação do diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, há também um fator novo. "Com o surgimento do fluxo (semanal divulgado na quarta-feira) negativo em cerca de US$ 1,3 bilhão, como os bancos estavam comprados, perto de US$ 900 milhões viraram negativos em US$ 400 milhões." Com isso, de acordo com o economista, estas instituições estariam buscando jogar as cotações para baixo. Para Nehme, se for mantida a tendência de fluxo negativo, "o BC teria de entrar no mercado à vista fazendo leilão de venda".

No exterior, a deterioração do sentimento dos investidores colocou as Bolsas em declínio e o dólar em alta ante as divisas de elevada correlação com os preços das commodities. A aversão ao risco passou a predominar com resultados trimestrais desapontadores do Google e o avanço dos pedidos de auxílio-desemprego norte-americanos acima das expectativas.

Também há cautela dos investidores com o início da reunião de dois dias de líderes da União Europeia. Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão de 7,4% no terceiro trimestre, abaixo de 7,6% no segundo trimestre, mas em linha com as expectativas. Já a produção industrial e as vendas no varejo no país asiático avançaram mais do que o esperado em setembro.

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