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Dólar tem dia volátil e chega a bater R$ 4,15

Na mínima deste pregão, o dólar chegou a cair 0,86 por cento, a 4,0741 reais

Dólar: às 12:44, o dólar avançava 0,10 por cento, a 4,1138 reais na venda (Ingram Publishing/ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 13h29.

O dólar tinha mais um dia de volatilidade diante o real nesta terça-feira, com investidores não se convencendo das intervenções realizadas pelo Banco Central nesta sessão e tentando pressionar a autoridade monetária a atuar no mercado à vista.

Às 12:44, o dólar avançava 0,10 por cento, a 4,1138 reais na venda. Na sessão passada, subiu 3,37 por cento, maior alta em quatro anos.

Na mínima deste pregão, o dólar chegou a cair 0,86 por cento, a 4,0741 reais, e na máxima, subiu 1,11 por cento, a 4,1551 reais.

"Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC e testa a autoridade monetária para algo mais vigoroso", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

O BC vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares e realizou leilão de venda de até 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra.

A autoridade monetária também vendeu parcialmente a oferta de swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro, mas anunciou outro leilão para o dia seguinte com os contratos remanescentes. Se vender a oferta total de até 3,55 mil swaps no leilão de quarta-feira, rolará quase integralmente o lote do mês que vem, equivalente a 9,458 bilhões de dólares, como fez com o lote anterior.

O BC e o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto nos últimos dias para conter a intensa volatilidade que vem assolando os mercados locais. Preocupações com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's e com a instabilidade política no país vêm pressionando o humor.

Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "todos os instrumentos estão à disposição do BC", mas até agora a autoridade monetária não atuou no mercado à vista usando as reservas internacionais. Segundo operadores, alguns agentes financeiros elevavam o dólar para tentar pressionar o BC a vender dólares no mercado à vista.

"É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas", resumiu o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato.

No campo externo, a perspectiva de altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e com a desaceleração do crescimento econômico da China também vêm corroborando o avanço da moeda norte-americana. (Edição de Patrícia Duarte)

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O dólar tinha mais um dia de volatilidade diante o real nesta terça-feira, com investidores não se convencendo das intervenções realizadas pelo Banco Central nesta sessão e tentando pressionar a autoridade monetária a atuar no mercado à vista.

Às 12:44, o dólar avançava 0,10 por cento, a 4,1138 reais na venda. Na sessão passada, subiu 3,37 por cento, maior alta em quatro anos.

Na mínima deste pregão, o dólar chegou a cair 0,86 por cento, a 4,0741 reais, e na máxima, subiu 1,11 por cento, a 4,1551 reais.

"Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC e testa a autoridade monetária para algo mais vigoroso", escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

O BC vendeu nesta manhã a oferta total de até 20 mil novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares e realizou leilão de venda de até 2 bilhões de dólares com compromisso de recompra.

A autoridade monetária também vendeu parcialmente a oferta de swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro, mas anunciou outro leilão para o dia seguinte com os contratos remanescentes. Se vender a oferta total de até 3,55 mil swaps no leilão de quarta-feira, rolará quase integralmente o lote do mês que vem, equivalente a 9,458 bilhões de dólares, como fez com o lote anterior.

O BC e o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto nos últimos dias para conter a intensa volatilidade que vem assolando os mercados locais. Preocupações com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's e com a instabilidade política no país vêm pressionando o humor.

Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que "todos os instrumentos estão à disposição do BC", mas até agora a autoridade monetária não atuou no mercado à vista usando as reservas internacionais. Segundo operadores, alguns agentes financeiros elevavam o dólar para tentar pressionar o BC a vender dólares no mercado à vista.

"É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas", resumiu o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato.

No campo externo, a perspectiva de altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e com a desaceleração do crescimento econômico da China também vêm corroborando o avanço da moeda norte-americana. (Edição de Patrícia Duarte)

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