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Dólar sobe quase 2% e volta a R$3,55 com exterior e BC

Às 9h12, o dólar avançava 1,78%, a 3,5522 reais na venda, após subir 1,45% na véspera. O dólar futuro subia cerca de 1%


	Dólares: a atividade industrial da China encolheu pelo 14º mês seguido em abril, mostrou Índice de Gerentes de Compras
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: a atividade industrial da China encolheu pelo 14º mês seguido em abril, mostrou Índice de Gerentes de Compras (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 12h24.

São Paulo - O dólar subia mais de 1% e rondava o patamar de 3,55 reais nesta terça-feira, acompanhando o cenário externo, marcado por aversão a risco após dados ruins da China, e com a atuação do Banco Central na primeira hora de negócios.

Às 10:14, o dólar avançava 1,28%, a 3,5345 reais na venda, após subir 1,45% na véspera e bater 3,5530 reais na máxima deste pregão. O dólar futuro subia cerca de 1%.

"As moedas de países emergentes, como um todo, estão caindo. O BC é só a cereja do bolo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

A aversão a risco refletia os dados da atividade industrial da China, que encolheu pelo 14º mês seguido em abril. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit recuou para 49,4 na segunda maior economia do mundo, contra expectativa do mercado de 49,9 e ante 49,7 em março.

O dólar também subia nesta sessão em relação a moedas de países como o México e Chile.

No mercado local, a atuação do BC também ajudava a puxar o dólar. Nesta manhã, vendeu 9,8 mil swaps cambiais reversos, equivalentes a compra futura de dólares, da oferta total de até 20 mil contratos.

Na véspera, a autoridade monetária ofertou e vendeu integralmente 40 mil swaps reversos.

Nos dois pregões anteriores, o BC havia voltado a atuar com mais força no mercado de câmbio após o dólar ir abaixo de 3,45 reais.

Para muitos especialistas, a autoridade monetária não quer a moeda abaixo de 3,50 reais para não prejudicar as exportações e, assim, as contas externas do país.

A cena política seguia no radar dos investidores. Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o Ministério da Fazenda num provável governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública e ter claro o que é preciso fazer para o país sair do atual ciclo econômico negativo.

Na próxima semana, o Senado vota o afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff.

Matéria atualizada às 12h24

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