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Dólar sobe quase 2% antes de votação de impeachment

Muitos operadores acreditam que eventual troca de governo poderia trazer de volta a confiança dos investidores na economia brasileira


	Dólares: poucos esperam que o encontro resulte em acordo para congelar a produção global, levando a commodity a recuar nesta sessão
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Dólares: poucos esperam que o encontro resulte em acordo para congelar a produção global, levando a commodity a recuar nesta sessão (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 14h22.

São Paulo - O dólar ampliou o passo e avançava quase 2% frente ao real nesta sexta-feira, pressionado pela intensa atuação do Banco Central, enquanto o bom humor imperava na última sessão antes da votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Às 13:03, o dólar avançava 1,77%, a 3,5374 reais na venda, após atingir 3,5451 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 1,4%.

"O foco total e completo está na Câmara. O BC pode até moderar o movimento de queda, mas o que vai determinar a tendência do câmbio nas próximas semanas é a política", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A Câmara vota no domingo a abertura ou não do processo de afastamento da presidente Dilma e expectativas de aprovação vêm exercendo forte pressão de baixa sobre o dólar, sobretudo nos últimos dias.

Nesta madrugada, o governo perdeu no Supremo Tribunal Federal (STF) mais uma tentativa de barrar a votação. A Advocacia-Geral da União havia pedido que a votação na Câmara fosse suspensa.

Muitos operadores acreditam que eventual troca de governo poderia trazer de volta a confiança dos investidores na economia brasileira.

O BC reagiu à queda recente do dólar reforçando sua intervenção no câmbio, acelerando muito a redução de seu estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares.

Neste pregão, já fez três leilões de swap cambial reverso, que equivale a compra futura de dólares. Ao todo, vendeu 88,5 mil contratos, que correspondem a cerca de 4,425 bilhões de dólares.

Também contribuía para pressionar o câmbio no Brasil o ambiente externo desfavorável, com investidores preferindo estratégias mais defensivas antes da reunião de produtores de petróleo no fim de semana.

Poucos esperam que o encontro resulte em acordo para congelar a produção global, levando a commodity a recuar nesta sessão.

"Temos motivos para o dólar subir hoje, mas isso será completamente ofuscado se o impeachment passar na Câmara no fim de semana", disse o operador de uma corretora internacional.

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