Mercados

Dólar sobe pela 3ª vez seguida, junto de alta no exterior

Movimentos especulativos e o giro baixo nesta semana encurtada pelo feriado de carnaval contribuíram para alta da moeda, segundo profissionais do mercado


	Dólar: no fim dos negócios, o dólar à vista subiu 0,74%, para R$ 2,8650
 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)

Dólar: no fim dos negócios, o dólar à vista subiu 0,74%, para R$ 2,8650 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 16h15.

São Paulo - O dólar fechou em alta pela terceira sessão seguida nesta quinta-feira, 19, acompanhando o avanço registrado ante outras moedas no exterior, como resultado das incertezas sobre as negociações da dívida grega.

Movimentos especulativos e o giro baixo nesta semana encurtada pelo feriado de carnaval contribuíram para alta da moeda, segundo profissionais do mercado.

No fim dos negócios, o dólar à vista subiu 0,74%, para R$ 2,8650.

O volume de negócios totalizou US$ 859,8 milhões, perto das 16h30. O dólar para março avançou 1,02%, R$ 2,8720.

O dólar abriu a sessão oscilando ente perdas e ganhos, mas se firmou em alta e bateu máximas já na primeira hora de negócios, ajudado pela saída de recursos de cerca de US$ 50 milhões que seriam da Petrobras, disse uma fonte.

O avanço do dólar no exterior ante o euro acabou favorecendo de desempenho da moeda dos EUA ante outras divisas como o real.

O euro foi pressionado pelas tensões entre a Grécia e outros países da zona do euro.

No início da sessão, o governo grego disse que apresentou formalmente um pedido para estender em seis meses seu acordo de crédito.

O novo governo de Atenas, liderado pelo Syriza, está tentando firmar um pacto de financiamento de curto prazo com seus credores europeus antes que o atual programa de resgate, de 240 bilhões de euros (US$ 273 bilhões), vença no fim deste mês.

Ao pedir a prorrogação temporária, a Grécia espera ganhar tempo para firmar um novo acordo de resgate de longo prazo para cobrir os quatro anos seguintes, que não inclua muitas medidas de austeridade.

A notícia impulsionou a alta das bolsas internacionais e dos juros dos Treasuries.

Mas o movimento perdeu força mais tarde, depois de a Alemanha rejeitar o pedido, afirmando que ele "não atende aos critérios determinados pelo Eurogrupo na segunda-feira".

As incertezas sobre as negociações na Europa, somadas à cautela diante da queda do petróleo e do cobre desde cedo, ajudaram o dólar a renovar máximas no fim da manhã.

A moeda voltou a bater máximas sucessivas à tarde tanto no mercado à vista quanto no futuro, com profissionais do mercado citando que o giro baixo estava amplificando os movimentos da moeda norte-americana.

Segundo eles, um fator especulativo também contribuiu para que o real registrasse uma desvalorização maior ante o dólar, em comparação com outras moedas de países emergentes e ligadas a commodities.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Ibovespa opera em queda puxado por Petrobras (PETR4); dólar cai a R$ 5,731

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mercado amanhece tenso e ações no Japão têm pior dia desde 2016

Amazon 'culpa' Olimpíadas por trimestre mais fraco em vendas

Mais na Exame