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Dólar sobe mais de 2% e se aproxima de R$3,85

Às 15h20 dólar subia 2,20 por cento, a 3,8433 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana subiu a 3,8478 reais

Dólares: Na máxima da sessão, a moeda norte-americana subiu a 3,8478 reais, maior patamar intradia desde 29 de outubro de 2002 (3,8550 reais) (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 15h57.

São Paulo - O dólar ampliou a alta e subia mais de 2 por cento nesta sexta-feira, chegando perto de 3,85 reais, em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno e após os dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem visões de que os juros podem subir neste ano na maior economia do mundo.

Às 15h20 dólar subia 2,20 por cento, a 3,8433 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana subiu a 3,8478 reais, maior patamar intradia desde 29 de outubro de 2002 (3,8550 reais).

"Não teve novidade (para ampliar a alta). E a gente continua sem ver nenhuma notícia boa", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

Pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram desaceleração do crescimento do emprego no mês passado.

No entanto, os dados de junho e julho foram revisados para cima, o que pode influenciar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros em breve.

"Os investidores gostaram das revisões... Estes números reforçam as expectativas de aumento de juros ainda para este mês por parte do Fed", escreveu o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik, em nota a clientes.

Juros mais elevados nos EUA podem atrair para aquela economia recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil. No Brasil, os investidores também continuavam de olho no cenário político e econômico conturbado.

Na véspera, o vice-presidente Michel Temer afirmou, em encontro com empresários, que considera difícil a presidente Dilma Rousseff concluir o atual mandato se a popularidade dela continuar muito baixa, alimentando visões de que o atual governo está com a base cada vez mais fraca.

Na véspera, o governo fez esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue na condução da economia do país, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que ele deixaria o cargo.

"O mercado arrefeceu ontem depois da notícia que o ministro Levy fica, mas ainda permanece esse ranço, essa preocupação de até que ponto isso é verdade", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo.

O fim de semana prolongado, com os mercados fechados no Brasil e nos EUA na segunda-feira devido a feriados nos dois países, também ajudava a manter os investidores cautelosos nesta sessão.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 9,45 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro.

Ao todo, o BC já rolou 1,823 bilhão de dólares, ou cerca de 19 por cento do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o final deste mês.

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São Paulo - O dólar ampliou a alta e subia mais de 2 por cento nesta sexta-feira, chegando perto de 3,85 reais, em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno e após os dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem visões de que os juros podem subir neste ano na maior economia do mundo.

Às 15h20 dólar subia 2,20 por cento, a 3,8433 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana subiu a 3,8478 reais, maior patamar intradia desde 29 de outubro de 2002 (3,8550 reais).

"Não teve novidade (para ampliar a alta). E a gente continua sem ver nenhuma notícia boa", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.

Pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram desaceleração do crescimento do emprego no mês passado.

No entanto, os dados de junho e julho foram revisados para cima, o que pode influenciar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros em breve.

"Os investidores gostaram das revisões... Estes números reforçam as expectativas de aumento de juros ainda para este mês por parte do Fed", escreveu o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik, em nota a clientes.

Juros mais elevados nos EUA podem atrair para aquela economia recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil. No Brasil, os investidores também continuavam de olho no cenário político e econômico conturbado.

Na véspera, o vice-presidente Michel Temer afirmou, em encontro com empresários, que considera difícil a presidente Dilma Rousseff concluir o atual mandato se a popularidade dela continuar muito baixa, alimentando visões de que o atual governo está com a base cada vez mais fraca.

Na véspera, o governo fez esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue na condução da economia do país, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que ele deixaria o cargo.

"O mercado arrefeceu ontem depois da notícia que o ministro Levy fica, mas ainda permanece esse ranço, essa preocupação de até que ponto isso é verdade", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo.

O fim de semana prolongado, com os mercados fechados no Brasil e nos EUA na segunda-feira devido a feriados nos dois países, também ajudava a manter os investidores cautelosos nesta sessão.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 9,45 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro.

Ao todo, o BC já rolou 1,823 bilhão de dólares, ou cerca de 19 por cento do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o final deste mês.

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