Mercados

Dólar sobe mais de 1% e chega a R$3,81, com emprego nos EUA

Às 12h23 dólar subia 1,27%, a 3,8085 reais na venda, após ter encerrado estável na véspera, em uma sessão volátil. Na máxima da sessão, chegou a 3,8168 reais.


	Dólares: pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram a desaceleração do crescimento do emprego no mês passado
 (thinkstock)

Dólares: pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram a desaceleração do crescimento do emprego no mês passado (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 13h10.

O dólar subia mais de 1 por cento nesta sexta-feira, chegando a 3,81 reais, em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno e após os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem visões de que os juros podem subir neste ano na maior economia do mundo.

Às 12h23 dólar subia 1,27 por cento, a 3,8085 reais na venda, após ter encerrado estável na véspera, em uma sessão volátil. Na máxima da sessão, chegou a 3,8168 reais.

"As preocupações econômicas e políticas permanecem, então o investidor olha todo o panorama e fala: 'vou errar menos se ficar comprado'", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo. "Não vemos nenhum alívio no curto prazo pra estancar essa tendência de alta (do dólar)", acrescentou.

Pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram a desaceleração do crescimento do emprego no mês passado.

No entanto, os dados de junho e julho foi revisado para cima, o que pode influenciar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros em breve.

"Os investidores gostaram das revisões... Estes números reforçam as expectativas de aumento de juros ainda para este mês por parte do Fed", escreveu o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik, em nota a clientes.

Juros mais elevados nos EUA podem atrair para aquela economia recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.

No Brasil, os investidores também continuavam de olho no cenário político e econômico conturbado. Na véspera, o vice-presidente Michel Temer afirmou, em encontro com empresários, que considera difícil a presidente Dilma Rousseff concluir o atual mandato se a popularidade dela continuar muito baixa, alimentando visões de que o atual governo está com a base cada vez mais fraca.

Na véspera, o governo fez esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue na condução da economia do país, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que ele deixaria o cargo.

"O mercado arrefeceu ontem depois da notícia que o ministro Levy fica, mas ainda permanece esse ranço, essa preocupação de até que ponto isso é verdade", disse Galhardo, da Treviso.

O fim de semana prolongado, com os mercados fechados no Brasil e nos EUA na segunda-feira devido a feriados nos dois países, também ajudava a manter os investidores cautelosos nesta sessão.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 9,45 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro.

Ao todo, o BC já rolou 1,823 bilhão de dólares, ou cerca de 19 por cento do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o final deste mês.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemMercado financeiroMoedasPaíses ricos

Mais de Mercados

Não é só o Brasil: Argentina faz maior venda de reservas internacionais em um dia para segurar dólar

Por que a China domina o mercado de carros elétricos? 'Padrinho dos EVs' explica o motivo

Japão evita dar pistas sobre aumento dos juros e vai acompanhar os riscos à economia

Ibovespa ganha fôlego com bancos, Petrobras e Vale e fecha acima dos 121 mil pontos