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Dólar sobe e vai a R$3,36, sem tirar foco da cena política local

Às 10:34, o dólar subia 0,23 por cento, a 3,3499 reais na venda, depois de bater 3,3634 reais na máxima do dia

O dólar operava em alta nesta sexta-feira, já tendo ido a 3,36 reais (Gary Cameron/Reuters)

O dólar operava em alta nesta sexta-feira, já tendo ido a 3,36 reais (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de abril de 2018 às 09h13.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 10h43.

São Paulo - O dólar operava em alta nesta sexta-feira, já tendo ido a 3,36 reais, seguindo o movimento do cenário externo em meio a tensões renovadas de eventual guerra comercial entre Estados Unidos e China, com os investidores também cautelosos com o processo eleitoral no Brasil.

Às 10:34, o dólar subia 0,23 por cento, a 3,3499 reais na venda, depois de bater 3,3634 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15 por cento.

"Batalha comercial nunca é um fato positivo", afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonini.

O tom da disputa entre Estados Unidos e China voltou a subir, trazendo mais instabilidade aos mercados. Na noite passada, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse ter instruído autoridades comerciais do país a avaliarem 100 bilhões de dólares em tarifas adicionais sobre a China.

Em resposta, a China já avisou que não hesitará em responder imediatamente se os EUA de fato adicionarem as novas tarifas.

Lá fora, o dólar recuava contra uma cesta de moedas nesta sessão depois da divulgação de que a economia dos Estados Unidos em março criou o menor número de empregos em seis meses, embora as perdas tenham sido limitadas pela recuperação na renda.

Na semana, no entanto, o dólar pode fechar a semana com valorização sobre a cesta.

Apesar das novas ameaças comerciais, pesquisa da Reuters com analistas mostrou que não houve grandes mudanças às perspectivas para o dólar em relação ao real. A moeda norte-americana deve subir a 3,35 reais nos próximos 12 meses, sobre 3,2917 reais no levantamento anterior.

Internamente, o mercado seguia atento à cena política, sobretudo após a determinação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula, visto por investidores como menos comprometido com o ajuste fiscal, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais deste ano e, mesmo que não concorra, pode atuar como forte cabo eleitoral.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em maio, vencem 2,565 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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