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Dólar sobe e vai a R$3,30 com cautela pré-feriado

Os investidores estão mais cautelosos antes do feriado e com maiores apostas de que os juros nos Estados Unidos subirão de novo neste ano

Dólar: "A probabilidade de aprovação (da reforma da Previdência) continua maior do que a 2 ou 3 semanas atrás" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Dólar: "A probabilidade de aprovação (da reforma da Previdência) continua maior do que a 2 ou 3 semanas atrás" (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 17h23.

São Paulo - O dólar fechou a terça-feira em alta e no patamar de 3,30 reais, com os investidores mais cautelosos antes do feriado e com maiores apostas de que os juros nos Estados Unidos subirão de novo neste ano.

O dólar avançou 0,33 por cento, a 3,3094 reais na venda, depois de ir a 3,2674 reais na mínima do dia e 3,3137 reais na máxima. O dólar futuro subia cerca de 0,90 por cento no final da tarde.

"Como estaremos fechados com o feriado, traz cautela", afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin, referindo-se ao feriado pela Proclamação da República, no dia seguinte.

As avaliações sobre mais juros nos Estados Unidos vieram após a divulgação de que os preços ao produtor do país subiram mais do que o esperado em outubro (+0,4 por cento), impulsionados pelo aumento no custo dos serviços e que deram força às expectativas de aumento gradual da inflação.

Os dados mantêm o Federal Reserve, banco central norte-americano, no caminho certo para aumentar as taxas de juros em dezembro. Taxas mais altas têm potencial para atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como o Brasil.

Pela manhã, o dólar operou em queda ante o real, com o mercado mais animado com as perspectivas de votação da reforma da Previdência ainda neste ano após o presidente Michel Temer anunciar que fará uma reforma ministerial que pode garantir mais apoio político ao governo no Congresso Nacional.

"A probabilidade de aprovação (da reforma da Previdência) continua maior do que a 2 ou 3 semanas atrás", avaliou mais cedo a corretora Guide em relatório ao acrescentar que "o governo está fazendo sua parte e procura solidificar a sua base de apoio".

A saída do ministro das Cidades do governo, Bruno Araújo (PSDB), anunciada no final da tarde na véspera, levou Temer a antecipar uma reforma ministerial, que deve estar concluída até meados de dezembro. O movimento pode aumentar o espaço de partidos do centrão que, ao contrário dos tucanos, votaram praticamente coesos na rejeição das duas denúncias criminais contra o presidente.

Apesar do viés mais favorável na cena política, investidores mantinham a prudência à espera de que essa estratégia do governo de fato aumentará o apoio político. Não por menos, o dólar continua longe do patamar ao redor de 3,15 reais que prevaleceu na primeira metade de outubro.

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