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Dólar sobe e chega a tocar em R$3,95 com exterior e cena eleitoral local

Às 12h02, o dólar avançava 0,90%, a 3,9402 reais na venda, depois de chegar a 3,9535 reais na máxima do dia

A lira turca voltava a recuar neste pregão, ainda com preocupações com a influência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a economia e suas solicitações por taxas de juros mais baixas (Yekorzh/Thinkstock)

A lira turca voltava a recuar neste pregão, ainda com preocupações com a influência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a economia e suas solicitações por taxas de juros mais baixas (Yekorzh/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 14h25.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 14h26.

São Paulo - O dólar operava com forte alta nesta sexta-feira, já tendo tocado o patamar de 3,95 reais mais cedo, em mais um dia de nervosismo no mercado externo por conta da Turquia e com a cena eleitoral no Brasil, com os mercados reagindo a mais uma pesquisa de intenção de votos.

Às 12:02, o dólar avançava 0,90 por cento, a 3,9402 reais na venda, depois de chegar a 3,9535 reais na máxima do dia. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,8 por cento.

A lira turca voltava a recuar frente ao dólar neste pregão, ainda com preocupações com a influência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a economia e suas solicitações por taxas de juros mais baixas.

Pesava ainda mais a notícia de que um tribunal turco rejeitou recurso para libertar o pastor norte-americano cristão Andrew Brunson de prisão domiciliar.

Brunson, que mora na província turca de Esmirna, está sendo julgado na Turquia por acusações de terrorismo. Seu caso está no centro de uma crise diplomática entre a Turquia e os Estados Unidos.

Os temores em relação à Turquia derrubavam outras moedas de países emergentes ante o dólar, mas que recuava frente a uma cesta de moedas.

Renovados temores com a disputa eleitoral no Brasil também deixavam os mercados mal-humorados após nova pesquisa de intenção de votos encomendada pela XP Investimentos mostrar que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tinha 9 por cento das intenções de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frente a 10 por cento no levantamento da semana anterior.

O mercado avalia que Alckmin é mais comprometido com reformas que considera necessárias ao ajuste fiscal do país.

A pesquisa também mostrou que Fernando Haddad, provável substituto do líder petista no pleito, ganhou terreno frente ao levantamento anterior, que ainda trazia o nome de Manuela D'Ávila (PCdoB), antes de abrir mão da candidatura para fechar aliança com o PT.

"O mercado tem dúvidas que outros candidatos tenham condição de fazer reformas, o que gera mau humor", afirmou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, acrescentando que a campanha em rádio e TV, quanto começar, será muito importante nas campanhas.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 3,12 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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