Dólar sobe com Grécia e briga pelo Ptax move mercado
Às 12h18, a moeda norte-americana avançava 0,24 por cento, a 3,1358 reais na venda, após ficar estável na sessão passada
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2015 às 13h21.
São Paulo - O dólar avançava em relação ao real nesta segunda-feira, com investidores adotando cautela diante da possibilidade de que a Grécia saia da zona do euro , mas a percepção de que o impacto do evento não seria grande no Brasil evitava altas mais fortes.
No Brasil, a pressão sobre o mercado de câmbio também era amortecida por vendas de divisa relacionadas à briga antes da formação da Ptax de junho, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, no dia seguinte.
Às 12h18, a moeda norte-americana avançava 0,24 por cento, a 3,1358 reais na venda, após ficar estável na sessão passada. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em cerca de 110 milhões de euros.
"As ligações diretas entre a Grécia e o resto do mundo são limitadas", escreveu em relatório o economista-chefe para mercados emergentes da consultoria Capital Economics, Neil Shearing. "O que mais importa para os mercados emergentes não é tanto a crise na Grécia por si só, mas se ela provocará contágio e grandes deslocamentos financeiros na economia da zona do euro como um todo", acrescentou.
A Grécia fechou nesta segunda-feira seus bancos e caixas eletrônicos para evitar corrida bancária após o colapso das negociações entre Atenas e seus credores. O país tem menos de 48 horas para fazer um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e um eventual calote desencadeará eventos que podem levar a sua saída da zona do euro.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, irritou seus credores ao anunciar um referendo para o próximo domingo sobre os termos do acordo que liberaria mais recursos ao país em troca de reformas econômicas.
Nesse contexto, investidores evitavam comprar ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais. "O tom de aversão a risco prevalece nos mercados enquanto os agentes digerem os detalhes dos desdobramentos no fim de semana das questões envolvendo a Grécia", disse o estrategista para a América Latina do Scotiabank, Eduardo Suarez.
No Brasil, os movimentos do câmbio eram influenciados também pela disputa da Ptax de junho, que será calculada na terça-feira. Nos últimos pregões do mês, operadores costumam brigar para trazer a taxa a patamares mais favoráveis a suas posições cambiais.
Dois operadores de importantes bancos internacionais acreditam que a tendência é que a briga pela Ptax de junho amorteça a pressão de alta sobre o dólar nesta sessão e na próxima. "Durante todo o mês, nós vimos mais entradas que saídas nas janelas da Ptax. É provável que isso continue agora", disse um deles.
As atenções do mercado também estavam voltadas para a estratégia de intervenção cambial do BC. No fim da manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, no leilão de rolagem.
Se mantiver a estratégia dos últimos meses e não realizar oferta no último pregão do mês, o BC terá reposto ao todo pouco menos de 70 por cento dos contratos que vencem em julho.
São Paulo - O dólar avançava em relação ao real nesta segunda-feira, com investidores adotando cautela diante da possibilidade de que a Grécia saia da zona do euro , mas a percepção de que o impacto do evento não seria grande no Brasil evitava altas mais fortes.
No Brasil, a pressão sobre o mercado de câmbio também era amortecida por vendas de divisa relacionadas à briga antes da formação da Ptax de junho, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, no dia seguinte.
Às 12h18, a moeda norte-americana avançava 0,24 por cento, a 3,1358 reais na venda, após ficar estável na sessão passada. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em cerca de 110 milhões de euros.
"As ligações diretas entre a Grécia e o resto do mundo são limitadas", escreveu em relatório o economista-chefe para mercados emergentes da consultoria Capital Economics, Neil Shearing. "O que mais importa para os mercados emergentes não é tanto a crise na Grécia por si só, mas se ela provocará contágio e grandes deslocamentos financeiros na economia da zona do euro como um todo", acrescentou.
A Grécia fechou nesta segunda-feira seus bancos e caixas eletrônicos para evitar corrida bancária após o colapso das negociações entre Atenas e seus credores. O país tem menos de 48 horas para fazer um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e um eventual calote desencadeará eventos que podem levar a sua saída da zona do euro.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, irritou seus credores ao anunciar um referendo para o próximo domingo sobre os termos do acordo que liberaria mais recursos ao país em troca de reformas econômicas.
Nesse contexto, investidores evitavam comprar ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais. "O tom de aversão a risco prevalece nos mercados enquanto os agentes digerem os detalhes dos desdobramentos no fim de semana das questões envolvendo a Grécia", disse o estrategista para a América Latina do Scotiabank, Eduardo Suarez.
No Brasil, os movimentos do câmbio eram influenciados também pela disputa da Ptax de junho, que será calculada na terça-feira. Nos últimos pregões do mês, operadores costumam brigar para trazer a taxa a patamares mais favoráveis a suas posições cambiais.
Dois operadores de importantes bancos internacionais acreditam que a tendência é que a briga pela Ptax de junho amorteça a pressão de alta sobre o dólar nesta sessão e na próxima. "Durante todo o mês, nós vimos mais entradas que saídas nas janelas da Ptax. É provável que isso continue agora", disse um deles.
As atenções do mercado também estavam voltadas para a estratégia de intervenção cambial do BC. No fim da manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, no leilão de rolagem.
Se mantiver a estratégia dos últimos meses e não realizar oferta no último pregão do mês, o BC terá reposto ao todo pouco menos de 70 por cento dos contratos que vencem em julho.