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Dólar sobe com cautela sobre reforma da Previdência

Os investidores assumiram postura mais cautelosa antes da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados

Dólar: "O mercado está instável com as questões relacionadas à Previdência. Negociações sobre novas alterações não são bem vistas e trazem incertezas do ponto de vista de sua eficácia" (foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 17h31.

São Paulo - O dólar fechou leve alta ante o real nesta quarta-feira, com os investidores assumindo postura mais cautelosa antes da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, passo essencial para mostrar força política do governo do presidente Michel Temer na medida considerada essencial para colocar a economia de volta aos eixos.

O dólar avançou 0,16 por cento, a 3,1585 reais na venda, depois de ter ido a 3,1671 reais na máxima do dia e a 3,1414 reais na mínima. O dólar futuro tinha alta de 0,20 por cento.

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"O mercado está instável com as questões relacionadas à Previdência. Negociações sobre novas alterações não são bem vistas e trazem incertezas do ponto de vista de sua eficácia", afirmou o operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

A votação da reforma da Previdência na comissão especial está marcada para esta quarta-feira, cuja sessão ocorre desde a manhã. Se aprovado, o texto segue para o plenário da Câmara dos Deputados.

Por conta da novas mudanças para agentes penitenciários feitas pelo relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), expectativas de que a proposta pudesse não ser votada agora surgiram. Mas o deputado acabou retirando do texto as alterações e os trabalhos na comissão continuavam no final desta tarde.

No entanto, fontes do Palácio do Planalto afirmaram à Reuters que o governo avalia que não tem votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara neste momento e esperará a votação da reforma trabalhista no Senado, que deve ocorrer até o final deste mês.

Durante o pregão, o desempenho do dólar também foi influenciado pelo mercado externo, onde o dólar subia ante uma cesta de moedas e também frente a divisas de países emergentes, como o peso mexicano.

O Federal Reserve manteve a taxa de juros nesta tarde, mas minimizou o fraco crescimento econômico no primeiro trimestre e enfatizou a força do mercado de trabalho, sinal de que o banco central dos Estados Unidos pode apertar a política monetária já em junho.

"O comunicado aparentemente mantém a porta aberta para elevação em junho, se os dados ajudarem", informou a gestora canadense CIBC Capital Markets em comentário a clientes.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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