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Dólar sobe com aversão ao risco no exterior, mas tem 4º recuo semanal

O dólar avançou 0,41%, a R$ 3,7788 na venda, acumulando, na semana, queda de 2,03%

Dólar: cautela pré-feriado no Brasil influenciou o resultado (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: cautela pré-feriado no Brasil influenciou o resultado (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 17h16.

Última atualização em 11 de outubro de 2018 às 17h21.

São Paulo - O dólar terminou a quinta-feira, 11, com pequena alta ante o real, influenciado pela maior aversão ao risco no exterior e a cautela pré-feriado no Brasil, mas terminou a semana novamente em queda, pela quarta vez seguida, ajudado pelo cenário eleitoral local.

O dólar avançou 0,41 por cento, a 3,7788 reais na venda, acumulando, na semana, queda de 2,03 por cento. Neste período, ficou 9,31 por cento mais barato ante o real.

Na mínima, a moeda foi a 3,7175 reais e, na máxima, a 3,7868 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,60 por cento.

"O mercado preferiu não passar o final de semana vendido... não fosse o feriado, o dólar poderia estar perto de 3,75 reais", comentou o operador da Spinelli, José Carlos Amado, acrescentando que o cenário externo de maior aversão ao risco também teve influência no movimento local, já que na sexta-feira os mercados domésticos não funcionam.

No exterior, as bolsas norte-americanas tiveram novo dia de queda firme, com os investidores preocupados com uma ação mais forte do Federal Reserve, banco central do país, com a guerra comercial entre EUA e China e ainda com as previsões de menor crescimento global do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A preocupação com um Fed mais hawkish elevou recentemente os rendimentos dos Treasuries, com o título de 10 anos tendo atingido os níveis mais elevados desde maio de 2011 no começo da semana. Nesta sessão, entretanto, as taxas na curva recuaram sob influência da queda das ações.

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou novamente o Fed pelo aumento dos juros, mas seu assessor econômico, Larry Kudlow, negou que ele estivesse endereçando a política de juros do Fed.

O dólar caía ante a cesta e também ante moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Do lado doméstico, o resultado da pesquisa Datafolha da véspera manteve o dólar em queda em parte da sessão, já que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ficou com boa dianteira ante Fernando Haddad (PT).

"Para os ativos domésticos há ventos favoráveis vindos da política: pesquisa Datafolha mostrou que Bolsonaro abriu vantagem de 16 pontos sobre Haddad..., mas dado o ambiente de aversão ao risco presente nos mercados globais, a tendência positiva pode se reverter ao longo do pregão", já previa a SulAmérica Investimentos em relatório logo cedo.

A pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira mostrou Bolsonaro com 58 por cento das intenções de votos válidos.

Em outra pesquisa, divulgada esta manhã pela XP Investimentos, Bolsonaro também está à frente de Haddad, com 59 a 41 por cento das intenções de votos.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 3,465 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral

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