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Dólar sobe após quedas recentes, pressionado por Grécia

Os gregos sacaram mais de 1 bilhão de euros de seus bancos em um único dia, disseram fontes do setor bancário nesta sexta-feira


	Dólar: às 11h37, a moeda dos EUA subia 0,80 por cento, a 3,0834 reais na venda
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Dólar: às 11h37, a moeda dos EUA subia 0,80 por cento, a 3,0834 reais na venda (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 12h09.

São Paulo - O dólar avançava ante o real nesta sexta-feira, acompanhando outros mercados de câmbio diante de persistentes preocupações com a crise envolvendo a dívida da Grécia, e com investidores voltando a comprar divisas após as quedas recentes levarem a moeda norte-americana para perto de 3 reais.

Às 11h37, a moeda dos EUA subia 0,80 por cento, a 3,0834 reais na venda, após acumular queda de 4 por cento neste mês até a véspera. O dólar também subia contra moedas como o euro e os dólares australiano e neozelandês .

"O mercado voltou a comprar dólares depois que a cotação voltou a perto de 3 reais, tendo em vista que a novela na Grécia continua", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Os gregos sacaram mais de 1 bilhão de euros de seus bancos em um único dia, disseram fontes do setor bancário nesta sexta-feira, conforme o país se aproxima de um default apesar das declarações otimistas do primeiro-ministro, Alexis Tsipras.

Investidores temem que a Grécia seja incapaz de realizar o pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no fim deste mês, entrando em default e deprimindo o apetite por ativos de risco nos mercados financeiros globais.

No Brasil, o movimento de alta do dólar era corroborado também por compras após as quedas recentes, que tiveram como pano de fundo expectativas de mais altas dos juros atraia mais recursos externos ao país.

Nesta sessão, investidores nos mercados de DIs passaram a apostar que a Selic --hoje em 13,75 por cento ao ano-- subirá a 14,75 por cento após a surpresa com o IPCA-15 deste mês.

Essas operações também eram motivadas pela redução da oferta de swaps cambiais do Banco Central, a até 5,2 mil contratos por dia, que fortaleceu a percepção de que a autoridade monetária está disposta a tolerar um dólar mais forte para incentivar a atividade econômica via exportações enquanto eleva os juros.

"O dólar pode até cair mais, mas não em um ritmo constante.

Especular na queda ficou mais arriscado", resumiu o operador de um banco internacional.

Mais tarde, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em julho, com oferta de até 5,2 mil contratos.

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