Dólar sobe ante real com rumor de nova medida
Moeda oscliou após boatos de que governo estaria avaliando elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre todas as transações
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2012 às 18h16.
São Paulo - Após operar em baixa durante boa parte do dia, o dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira, após a notícia de que o governo estaria avaliando elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre todas as transações que envolvam conversão da moeda, segundo agentes do mercado.
O dólar encerrou com alta de 0,08 por cento ante o real, cotada a 1,8177 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou entre a mínima de 1,8098 real e a máxima de 1,8230 real.
Segundo reportagem da Agência Estado, a medida estaria em estudo pelo governo federal e envolveria a cobrança generalizada de alíquotas mais pesadas do IOF sobre operações de câmbio, incluindo Investimento Estrangeiro Direto (IED). No entanto, não haveria consenso sobre a medida dentro da equipe econômica.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que o governo não pretende taxar o IED.
Durante o dia, a moeda havia operado novamente descolada do movimento no mercado externo, em dia de resultado de leilão de swap cambial reverso e sem leilões de compra de dólares no mercado à vista.
Para o economista da Link Investimentos Thiago Carlos, a moeda pode ter operado descolada do exterior devido à entrada de dólares no país mais cedo nesta terça-feira. "É provável que tenha ocorrido um fluxo de entrada mais efetivo hoje", disse.
No entanto, mesmo com esse fluxo o Banco Central não realizou leilões de dólares no mercado à vista e continua trazendo dúvidas de quando deve voltar a intervir.
"Hoje, apesar do fluxo, ele pode não ter visto um movimento significativo ou outro motivo aparente para atuar. Ele não tem atuado com tanta frequência, mas acredito que pode voltar se o real apreciar mais", afirmou.
O último leilão no mercado à vista foi realizado na sexta-feira, indicando que o BC vem tentando ser menos previsível em sua intervenção no mercado de câmbio, sem fixar um piso para a moeda.
Nesta terça-feira, o BC informou que vendeu todos os 41.200 contratos de swap cambial reverso em leilão, o equivalente a 2,06 bilhões de reais. Segundo o BC, o objetivo da oferta foi a rolagem de vencimento do dia 2 abril de 2012. O último leilão de swap cambial reverso havia sido realizado no dia 29 de fevereiro.
Para um economista que preferiu não ser identificado, o leilão de swap pode ter causado algum ruído no mercado quando foi anunciado, na segunda-feira à noite. No entanto, por ser um leilão para rolagem não causou impacto na cotação.
"Como ficou claro que era só para a rolagem de vencimento não tem efeito na precificação e o mercado está compensando o que ocorreu ontem", disse. Na segunda-feira, o dólar encerrou com alta de 0,33 por cento ante o real, cotado a 1,8163 na venda, também operando descolado do exterior.
O dólar tinha alta ante outras moedas, ante uma cesta de divisas tinha ganhos de 0,19 por cento, enquanto o euro tinha queda de 0,25 por cento ante o dólar.
São Paulo - Após operar em baixa durante boa parte do dia, o dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira, após a notícia de que o governo estaria avaliando elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre todas as transações que envolvam conversão da moeda, segundo agentes do mercado.
O dólar encerrou com alta de 0,08 por cento ante o real, cotada a 1,8177 na venda. Durante o dia, a moeda oscilou entre a mínima de 1,8098 real e a máxima de 1,8230 real.
Segundo reportagem da Agência Estado, a medida estaria em estudo pelo governo federal e envolveria a cobrança generalizada de alíquotas mais pesadas do IOF sobre operações de câmbio, incluindo Investimento Estrangeiro Direto (IED). No entanto, não haveria consenso sobre a medida dentro da equipe econômica.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que o governo não pretende taxar o IED.
Durante o dia, a moeda havia operado novamente descolada do movimento no mercado externo, em dia de resultado de leilão de swap cambial reverso e sem leilões de compra de dólares no mercado à vista.
Para o economista da Link Investimentos Thiago Carlos, a moeda pode ter operado descolada do exterior devido à entrada de dólares no país mais cedo nesta terça-feira. "É provável que tenha ocorrido um fluxo de entrada mais efetivo hoje", disse.
No entanto, mesmo com esse fluxo o Banco Central não realizou leilões de dólares no mercado à vista e continua trazendo dúvidas de quando deve voltar a intervir.
"Hoje, apesar do fluxo, ele pode não ter visto um movimento significativo ou outro motivo aparente para atuar. Ele não tem atuado com tanta frequência, mas acredito que pode voltar se o real apreciar mais", afirmou.
O último leilão no mercado à vista foi realizado na sexta-feira, indicando que o BC vem tentando ser menos previsível em sua intervenção no mercado de câmbio, sem fixar um piso para a moeda.
Nesta terça-feira, o BC informou que vendeu todos os 41.200 contratos de swap cambial reverso em leilão, o equivalente a 2,06 bilhões de reais. Segundo o BC, o objetivo da oferta foi a rolagem de vencimento do dia 2 abril de 2012. O último leilão de swap cambial reverso havia sido realizado no dia 29 de fevereiro.
Para um economista que preferiu não ser identificado, o leilão de swap pode ter causado algum ruído no mercado quando foi anunciado, na segunda-feira à noite. No entanto, por ser um leilão para rolagem não causou impacto na cotação.
"Como ficou claro que era só para a rolagem de vencimento não tem efeito na precificação e o mercado está compensando o que ocorreu ontem", disse. Na segunda-feira, o dólar encerrou com alta de 0,33 por cento ante o real, cotado a 1,8163 na venda, também operando descolado do exterior.
O dólar tinha alta ante outras moedas, ante uma cesta de divisas tinha ganhos de 0,19 por cento, enquanto o euro tinha queda de 0,25 por cento ante o dólar.