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Dólar sobe ante real à espera de Fed e cautela com cena política

Às 10:17, o dólar avançava 0,24%, a 3,2806 reais na venda

Dólar: a cautela com a cena política e agenda econômica do governo continuava nesta sessão (Ingram Publishing/Thinkstock)

Dólar: a cautela com a cena política e agenda econômica do governo continuava nesta sessão (Ingram Publishing/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 10h35.

São Paulo - O dólar operava com leve alta ante o real nesta segunda-feira, aproximando-se mais do patamar de 3,30 reais, com os investidores sob a expectativa de novos sinais d e como o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai gerenciar sua política monetária.

A cautela com a cena política e agenda econômica do governo continuava nesta sessão, depois de a moeda norte-americana marcar a maior alta mensal em quase um ano em outubro.

Às 10:17, o dólar avançava 0,24 por cento, a 3,2806 reais na venda, depois de saltar 3,32 por cento no mês passado, maior avanço desde novembro de 2016 (+6,18 por cento), quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. O dólar futuro estava em alta de cerca de 0,25 por cento.

"O Fed não vai mexer nos juros, mas deve sinalizar uma alta em dezembro", comentou a Correparti Corretora em relatório.

O Fed deve deixar inalterada a taxa de juros em reunião nesta sessão e com anúncio às 16:00 (horário de Brasília), em meio às especulações sobre quem será seu próximo comandante, mas deverá destacar uma economia firme conforme caminha para possível aumento dos juros no próximo mês.

O Fed elevou os juros duas vezes desde janeiro e prevê atualmente mais um aumento até o fim do ano como parte do ciclo de aperto monetário que começou no final de 2015.

O presidente norte-americano, Donald Trump, deve anunciar no dia seguinte o novo chair do Fed, que substituirá Janet Yellen, cujo mandato termina em fevereiro. Neste dia os mercados brasileiros não funcionarão em razão do feriado de Finados.

O favorito para ser indicado é o atual diretor do Fed, Jerome Powell, centrista que defendeu a postura de gradualismo de Yellen em relação à alta dos juros.

"O nome de Jerome Powell, considerado 'dosvish' (menos propenso a subir juros) se destaca cada vez mais e, com isso, o cenário de liquidez positiva aos mercados tende a se firmar, caso confirmado", acrescentou a gestora Infinity em relatório.

No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas e leves oscilações ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano, peso chileno e lira turca.

A cena interna também continuava no radar dos mercados, com ceticismo sobre a capacidade política do presidente Michel Temer de emplacar sua agenda política no Congresso Nacional, em especial a reforma da Previdência. Esses temores levaram o dólar a saltar no mês passado.

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