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Dólar sobe a vai a R$3,56 com tensão entre EUA e Irã

Às 9:59, o dólar avançava 0,40 por cento, a 3,5670 reais na venda, depois de fechar no patamar de 3,55 reis na véspera

O dólar operava em alta e já no patamar de 3,56 reais diante da maior tensão nos mercados externos (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

O dólar operava em alta e já no patamar de 3,56 reais diante da maior tensão nos mercados externos (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2018 às 10h03.

São Paulo - O dólar operava em alta e já no patamar de 3,56 reais diante da maior tensão nos mercados externos com a possibilidade de os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear com o Irã, aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo.

Às 9:59, o dólar avançava 0,40 por cento, a 3,5670 reais na venda, depois de fechar no patamar de 3,55 reis, na véspera, pela primeira vez em quase dois anos. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45 por cento.

"Há uma grande probabilidade de Washington deixar o acordo, assumindo riscos geopolíticos de forte impacto nos mercados, que podem ampliar a pressão já existente no petróleo, com reflexo na inflação e nos juros norte-americanos", escreveu a corretora Correparti em relatório.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará nesta terça-feira se vai retirar seu país do acordo nuclear firmado com o Irã ou se o manterá filiado e trabalhará com aliados europeus que vêm se empenhando em convencê-lo de que o pacto conseguiu frear as ambições nucleares de Teerã.

O dólar subia para a máxima de 2018 contra uma cesta de moedas e também avançava sobre moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca. Por outro lado, o iene subia ante a moeda norte-americana, com a cautela dos investidores sobre o anúncio de Trump sobre o Irã.

A retirada dos EUA elevaria as sanções econômicas ao Irã, reduzindo a produção do país, o que poderia afetar a produção e exportação de petróleo do país.

Preços mais caros de petróleo impactam a inflação e podem levar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a ser mais austero e elevar mais do que o esperado os juros, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados considerados de maior risco, como o brasileiro.

O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de até 8,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de junho.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os 5,650 bilhões de dólares que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.

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