Dólar sobe a R$4,0339, maior cotação desde setembro
O dólar subiu com força ante o real e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 16h43.
São Paulo - O dólar subiu com força ante o real nesta segunda-feira e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, em um dia marcado por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China .
O dólar avançou 2,18 por cento, a 4,0339 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 29 de setembro, quando encerrou a 4,0591 reais. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a 4,0717 reais, alta de 3,13 por cento.
"Se a China está ruim, os países que dependem da China vão no mesmo barco", resumiu o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo. A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
A atividade industrial chinesa encolheu em dezembro, com o setor lutando contra a fraca demanda. O dado pressionou o mercado acionário chinês, que acionou o "circuit breaker" pela primeira vez e fechou com queda de quase 7 por cento.
"A China é um risco que vai continuar existindo ...porque as dúvidas sobre o desempenho da economia e sobre o câmbio... ainda persistem", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
O cenário de apreensão foi intensificado durante a tarde, com a moeda norte-americana subindo mais de 3 por cento, após os preços do petróleo passarem a cair, seguindo a queda no mercado acionário norte-americano e apagando os ganhos registrados mais cedo na commodity, em meio a tensões no Oriente Médio.
"O dólar subiu mais nestes últimos instantes com a virada do petróleo..., que passou a cair forte novamente à tarde", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Ainda no exterior, dados mostraram que o setor industrial dos Estados Unidos contraiu ainda mais em dezembro, com o dólar forte prejudicando a rentabilidade das exportações, enquanto os gastos com construção tiveram a primeira queda em quase um ano e meio em novembro, sugerindo crescimento econômico apenas moderado no quarto trimestre de 2015.
Em meio ao cenário de preocupações externas, o dólar subia também frente a outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajudou a acentuar a alta, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.
Entre as medidas a serem analisadas pelo Congresso, após a volta do recesso, está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e necessária para cumprir a meta de superávit primário para o setor público consolidado do ano equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Banco Central realizou no final desta manhã o primeiro leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na operação, a autoridade monetária rolou o equivalente a 563,4 milhões de dólares, ou cerca de 5 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.
Texto atualizado às 17h42
São Paulo - O dólar subiu com força ante o real nesta segunda-feira e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, em um dia marcado por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China .
O dólar avançou 2,18 por cento, a 4,0339 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 29 de setembro, quando encerrou a 4,0591 reais. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a 4,0717 reais, alta de 3,13 por cento.
"Se a China está ruim, os países que dependem da China vão no mesmo barco", resumiu o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo. A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
A atividade industrial chinesa encolheu em dezembro, com o setor lutando contra a fraca demanda. O dado pressionou o mercado acionário chinês, que acionou o "circuit breaker" pela primeira vez e fechou com queda de quase 7 por cento.
"A China é um risco que vai continuar existindo ...porque as dúvidas sobre o desempenho da economia e sobre o câmbio... ainda persistem", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
O cenário de apreensão foi intensificado durante a tarde, com a moeda norte-americana subindo mais de 3 por cento, após os preços do petróleo passarem a cair, seguindo a queda no mercado acionário norte-americano e apagando os ganhos registrados mais cedo na commodity, em meio a tensões no Oriente Médio.
"O dólar subiu mais nestes últimos instantes com a virada do petróleo..., que passou a cair forte novamente à tarde", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Ainda no exterior, dados mostraram que o setor industrial dos Estados Unidos contraiu ainda mais em dezembro, com o dólar forte prejudicando a rentabilidade das exportações, enquanto os gastos com construção tiveram a primeira queda em quase um ano e meio em novembro, sugerindo crescimento econômico apenas moderado no quarto trimestre de 2015.
Em meio ao cenário de preocupações externas, o dólar subia também frente a outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajudou a acentuar a alta, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.
Entre as medidas a serem analisadas pelo Congresso, após a volta do recesso, está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e necessária para cumprir a meta de superávit primário para o setor público consolidado do ano equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Banco Central realizou no final desta manhã o primeiro leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na operação, a autoridade monetária rolou o equivalente a 563,4 milhões de dólares, ou cerca de 5 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.
Texto atualizado às 17h42