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Dólar sobe 1,5% e fecha a R$ 4,16 com pressão da Selic

Moeda alcançou o maior nível de fechamento desde 3 de setembro

Dólar; Câmbio; Dólares (Vadym Petrochenko/Getty Images)

Dólar; Câmbio; Dólares (Vadym Petrochenko/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 10h03.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 18h02.

O dólar encerrou em forte alta contra o real nesta quinta-feira, superando a marca de 4,16 reais, um dia depois de o Banco Central cortar a Selic e sinalizar mais redução na taxa básica de juros à frente.

A moeda à vista teve alta de 1,50%, a 4,1642 reais na venda, maior nível de fechamento desde 3 de setembro.

Segundo relatório da equipe de análise da Correparti Corretora de Câmbio, a valorização do dólar teve como principal 'driver' a fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração, após o BC cortar a taxa Selic.

"Estes fundos predadores foram a mercado comprar dólares para aportarem em outros países emergentes que têm melhor rentabilidade e um custo de hedge mais baixo como o México."

O Banco Central cortou na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, num processo que deve seguir adiante, segundo sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).

No acumulado de setembro até dia 13, o fluxo cambial financeiro estava negativo em 1,8 bilhão de dólares, segundo o BC.

O corte nos juros brasileiros veio na sequência de uma redução dos juros também nos Estados Unidos. O Federal Reserve reafirmou que a perspectiva econômica dos EUA é "favorável", com o mercado de trabalho forte e a inflação provavelmente retornando à meta do Fed (2%). 

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